terça-feira, 21 de maio de 2024

Fotos da Missa do Papa em Verona

No dia 18 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Missa da Vigília de Pentecostes no Estádio Bentegodi em Verona (Itália) durante sua visita à cidade.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada pelo Bispo de Veneza, Dom Domenico Pompili.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Marco Agostini, natural dessa Diocese.

Procissão de entrada
Sinal da cruz
Ritos iniciais
Evangelho
Homilia

Homilia do Papa: Missa em Verona

No dia 18 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu a Missa da Vigília de Pentecostes durante sua visita à cidade de Verona (Itália). Sua breve homilia, porém, não fez referência às leituras proclamadas (Jl 3,1-5; Sl 103; Rm 8,22-27; Jo 7,37-39).

Visita a Verona
Vigília de Pentecostes
Homilia do Papa Francisco
Estádio Bentegodi, Verona
Sábado, 18 de maio de 2024

Uma vez o Apóstolo Paulo foi a uma comunidade cristã e perguntou: “Recebestes o Espírito Santo?”. E eles responderam: “O que é o Espírito Santo?” (cf. At 19,1-2). Não sabiam o que era o Espírito Santo. Penso que hoje, em muitas comunidades cristãs, se eu perguntasse o que é o Espírito Santo não saberiam como responder.

Uma vez, em uma Missa com crianças - um dia como este de Pentecostes, eram mais ou menos duzentas crianças -, eu perguntei: “Quem é o Espírito Santo?”, e as crianças: “Eu! Eu! Eu!”, todas queriam responder. Eu disse: “Tu” - “É o paralítico!”. Tinha ouvido falar do “Paráclito” e entendeu “paralítico”. E muitas vezes, se eu perguntasse, não digo que a resposta será “o paralítico”, mas não sabemos quem é o Espírito Santo.


Irmãos e irmãs, o Espírito Santo é o protagonista da nossa vida! É quem nos porta avante, quem nos ajuda a seguir em frente, quem nos faz progredir na vida cristã. O Espírito Santo está dentro de nós. Estejamos atentos: todos recebemos, com o Batismo, o Espírito Santo, e mais ainda com a Crisma! Mas eu escuto o Espírito Santo que está dentro de mim? Escuto o Espírito que move o coração e me diz: “Não faça isso, isso sim”? Ou para mim não existe o Espírito Santo?

Hoje celebramos a festa do dia em que o Espírito Santo veio. Pensemos: os Apóstolos estavam todos fechados no Cenáculo. Tinham medo, as portas fechadas... Veio o Espírito Santo, mudou seus corações, e eles saíram para pregar com coragem. Coragem: o Espírito Santo nos dá a coragem de viver a vida cristã. E por isso, com essa coragem, muda a nossa vida.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Comemoração do Primado de Pedro em Tabgha (2024)

Na sexta-feira da VII semana da Páscoa a Igreja de Rito Romano recorda no Evangelho a aparição do Ressuscitado às margens do Mar da Galileia, na qual Ele reafirma o primado de Pedro (Jo 21,15-19).

Essa data é celebrada com solenidade na igreja do Primado de Pedro em Tabgha, próximo a Cafarnaum. Neste ano de 2024 a Missa, no dia 17 de maio, foi presidida pelo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton.

Após a Missa os presentes se dirigiram em procissão à igreja para rezar junto da “mensa Christi”, uma pedra que simboliza aquela sobre a qual Jesus partilhou a refeição com os Apóstolos (Jo 21,9-13).

Imagem do encontro de Pedro com o Ressuscitado
Procissão de entrada

Incensação do altar
Liturgia da Palavra

sábado, 18 de maio de 2024

Homilia do Papa Bento XVI: Pentecostes (2011)

Nesta Solenidade de Pentecostes propomos de maneira retrospectiva a Homilia e a meditação durante o Regina Coeli proferidas pelo Papa Bento XVI (†2022) no Pentecostes de 2011:

Solenidade de Pentecostes
Homilia do Papa Bento XVI
Basílica Vaticana
Domingo, 12 de junho de 2011

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje celebramos a importante Solenidade do Pentecostes. Se, em certo sentido, todas as solenidades litúrgicas da Igreja são grandes, maior é o Pentecostes porque, chegando ao quinquagésimo dia, assinala o cumprimento do acontecimento da Páscoa, da Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, através da dádiva do Espírito do Ressuscitado. Para o Pentecostes, a Igreja preparou-nos nos dias passados com a sua oração, com a invocação reiterada e intensa a Deus, para alcançar uma renovada efusão do Espírito Santo sobre nós. Assim, a Igreja reviveu aquilo que acontecera nas suas origens quando os Apóstolos, reunidos no Cenáculo de Jerusalém, «perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus» (At 1,14). Estavam congregados na expectativa humilde e confiante, que se cumprisse a promessa do Pai, a eles comunicada por Jesus: «Vós sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias... recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós» (At 1,5.8).


Na Liturgia do Pentecostes, à narração dos Atos dos Apóstolos sobre o nascimento da Igreja (cf. At 2,1-11), corresponde o Salmo 103 que ouvimos: um louvor de toda a criação, que exalta o Espírito Criador que fez tudo com sabedoria: «Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas... Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor em suas obras!» (Sl 103,24.31). O que a Igreja quer nos dizer é isto: o Espírito criador de todas as coisas e o Espírito Santo que Cristo fez descer do Pai sobre a comunidade dos discípulos são um só e único: criação e redenção pertencem-se reciprocamente e constituem, em profundidade, um único mistério de amor e de salvação. O Espírito Santo é antes de tudo Espírito Criador e, portanto, o Pentecostes é também festa da criação. Para nós, cristãos, o mundo é fruto de um gesto de amor de Deus, que criou também todas as coisas e pelo qual Ele se alegra porque é «coisa boa», «coisa muito boa», como diz a narração da criação (cf. Gn 1,1-31). Por isso, Deus não é o totalmente Outro, inominável e obscuro. Deus revela-se, tem uma face, Deus é razão, Deus é vontade, Deus é amor, Deus é beleza. A fé no Espírito Criador e a fé no Espírito que Cristo Ressuscitado concedeu aos Apóstolos e oferece a cada um de nós estão unidas para sempre.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Guia para as grandes celebrações

“Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).

Daqui alguns dias celebraremos a Solenidade de Corpus Christi, na qual em muitos lugares se realizam grandes celebrações (por exemplo, a nível diocesano). Portanto, aproveitamos a ocasião para resgatar o “Guia para as grandes celebrações” publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos há 10 anos, em junho de 2014.

A partir da experiência da Santa Sé com as celebrações presididas pelo Papa, tanto em Roma como em suas Viagens Apostólicas, além de outros grandes eventos (Jornadas Mundiais da Juventude, Encontros Mundiais das Famílias, Congressos Eucarísticos Internacionais...), o Guia traz sugestões práticas para as grandes celebrações, que podem ser aplicadas conforme as circunstâncias.

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
Guia para as grandes celebrações

A reflexão sobre a necessária atenção a se prestar às celebrações litúrgicas especiais nas quais, além de um elevado número de fiéis, há também muitos sacerdotes concelebrantes, tinha sido programada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos na sequência da consideração sobre esse tema que emergiu no Sínodo dos Bispos de 2005 e que foi retomado no n. 61 da Exortação Apostólica Sacramentum Charitatis do Papa Bento XVI.
Ouvido o parecer de consultores e peritos, bem como de Organismos da Sé Apostólica implicados na matéria, publicou-se uma primeira contribuição sobre o assunto, intitulada “As grandes celebrações: Uma reflexão em curso” em Notitiae 43 (2007), pp. 535-542.

Missa de envio da Jornada Mundial da Juventude
(Rio de Janeiro - 2013)

A atenção ao tema prosseguiu, resultando na elaboração do presente “Guia para as grandes celebrações que se tornou público nas páginas de Notitiae. O texto, submetido em várias ocasiões ao exame dos Membros do Dicastério, obteve parecer positivo dos Padres na Reunião Ordinária de 22 de novembro de 2013 e recebeu o beneplácito do Papa Francisco na audiência concedida ao Cardeal Prefeito em 07 de junho de 2014.
Esta Congregação deseja que o Guia, no qual se recordam critérios, indicações e sugestões presentes nas normas vigentes, contribua de modo eficaz para a diligente preparação e frutuosa celebração dos santos mistérios em circunstâncias particulares, caracterizadas pelo elevado número de sacerdotes e fiéis leigos participantes.

Da Sede da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 13 de junho de 2014, Memória de Santo Antônio, Presbítero e Doutor da Igreja.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera, Prefeito
Dom Arthur Roche, Secretário

Introdução

Importância, problemática, responsabilidade

1. Contemplando a realidade que nos rodeia, com as suas luzes e sombras, vemos “a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Bento XVI, Motu proprio Porta fidei, n. 2). E a Liturgia é o lugar privilegiado do encontro com Cristo, vivente na Igreja. Neste sentido, também as grandes celebrações assumiram um papel específico.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio: Jesus Cristo 44

Confira as Catequeses nn. 68-69 do Papa São João Paulo II sobre Jesus Cristo, as quais dão continuidade à reflexão sobre o valor da sua Morte.

Para acessar a postagem que serve de Introdução a esta série, com os links para todas as Catequeses, clique aqui.

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO

68. Valor do sofrimento e da morte de Cristo
João Paulo II - 19 de outubro de 1988

1. Os dados bíblicos e históricos sobre a morte de Cristo, que resumimos nas Catequeses anteriores, foram objeto de reflexão na Igreja de todos os tempos, dos primeiros Padres e Doutores e dos Concílios Ecumênicos aos grandes teólogos das diversas escolas que se formaram e sucederam ao longo dos séculos até hoje.

O objeto principal do estudo e da pesquisa foi e é o valor da Paixão e Morte de Jesus em ordem à nossa salvação. Os resultados obtidos sobre este ponto, além de nos fazer conhecer melhor o mistério da redenção, serviram para lançar uma nova luz também sobre o mistério do sofrimento humano, do qual se puderam descobrir dimensões impensáveis de grandeza, de finalidade, de fecundidade, já desde que foi possível sua comparação e, mais ainda, sua vinculação com a Cruz de Cristo.

Ecce Homo (Juan de Juanes)

2. Elevemos os olhos antes de tudo Àquele que pende da Cruz e perguntemo-nos: quem é este que sofre? É o Filho de Deus: verdadeiro homem, mas também verdadeiro Deus, como sabemos pelos Símbolos da fé. Por exemplo, o Símbolo de Niceia o proclama “Deus verdadeiro de Deus verdadeiro... que por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou... e padeceu” (Denzinger, n. 125). O Concílio de Éfeso, por sua vez, precisa que “o Verbo de Deus sofreu na carne” (ibid., n. 263).

Dei Verbum passum carne”: é uma síntese admirável do grande mistério do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, cujos sofrimentos humanos pertencem à natureza humana, mas devem ser atribuídos, como todas as suas ações, à pessoa divina. Em Cristo, portanto, temos um Deus que sofre!

Indulgências durante o Jubileu de 2025

Há uma semana, no dia 09 de maio de 2024, o Papa Francisco convocou oficialmente o Jubileu Ordinário de 2025, promulgando a Bula Spes non confundit.

Na sequência, a Penitenciaria Apostólica, tribunal responsável por algumas questões relativas ao Sacramento da Penitência, publicou as normas para a obtenção das indulgências durante o Jubileu.

A indulgência, com efeito, é uma graça especial concedida àqueles que, arrependidos dos seus pecados e absolvidos no Sacramento da Confissão, realizam uma obra de piedade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 1471-1479). No caso do Jubileu de 2025, destacam-se a peregrinação e as obras de misericórdia.

As Normas são assinadas pelo novo Penitenciário-Mor, Cardeal Angelo De Donatis, e pelo Regente da Penitenciaria Apostólica, Monsenhor Krzysztof Józef Nykiel, recentemente eleito Bispo Titular de Velia.

Penitenciaria Apostólica
Normas sobre a concessão da Indulgência durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025 proclamado pelo Papa Francisco

“Agora chegou o momento de um novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus” (Spes non confundit, n. 6). Na Bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Santo Padre, no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (ibid., n. 8), convida todos os cristãos a se tornarem peregrinos de esperança. Esta é uma virtude a redescobrir nos sinais dos tempos, os quais, contendo “o desejo do coração humano, carecido da presença salvífica de Deus, pedem para ser transformados em sinais de esperança” (ibid., n. 7), que deverá ser obtida sobretudo na graça de Deus e na plenitude da sua misericórdia.


Já na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2015, o Papa Francisco sublinhava o quanto a Indulgência adquiria, naquele contexto, “uma relevância particular” (Misericordiae vultus, n. 22), uma vez que a misericórdia de Deus “torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado” (ibid.). Do mesmo modo, hoje, o Santo Padre declara que o dom da Indulgência “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era intercambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, n. 23). A Indulgência é, pois, uma graça jubilar.

Também por ocasião do Jubileu Ordinário de 2025, portanto, por vontade do Sumo Pontífice, este “Tribunal de Misericórdia”, ao qual compete dispor tudo o que diz respeito à concessão e ao uso das Indulgências, pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo, e estabelece as seguintes prescrições, para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (ibid.).