O Filme que Habito

Web Name: O Filme que Habito

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quinta-feira, 2 de julho de 2015 Mad Max - Estrada da Fúria Antes de começar o texto (coisa que, de fato, não faço há um tempo), queria deixar uma coisa bem clara: textos meus e da Rebeca foram bombardeados por críticas ignorantes e absolutamente nada construtivas de gente que não entendeu bem o propósito do blog. Estamos aqui pra compartilhar as emoções que sentimos ao ver os filmes sobre os quais escrevemos e não para dar veredictos imutáveis, frios e calculistas sobre os mesmos. Como sentimentos são coisinhas muito pessoais, não há certo ou errado. Portanto, se você, querido amigo leitor, não concordar com o que estiver escrito, fique super à vontade pra dar sua opinião só não precisa esculhambar. Grata =)
MAD MAX - FURY ROAD (2015)

Bom, não gosto de blockbusters. Não que eu seja aquele tipo de pessoa que só assiste cinema iraquiano que passa no telecine cult às 3 da manhã, mas já me decepcionei tanto com blockbuster que decidi não me arriscar mais. Porém, Mad Max me cativou, tanto pelos efeitos especiais que eu via no trailer quanto pela participação da Charlize Theron, uma das minhas atrizes favoritas. Porém...


Mad Max se passa numa Terra pós-apocalíptica em que poucos seres humanos sobreviveram. O povo retratado no filme é liderado por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), um sujeito deveras esquisito que tem dentes cujo tamanho excede o natural, mas que acaba combinando bem com a galera: todo mundo é estranho. Ou quase todo mundo.


O filme começa com Max (Tom Hardy) tentando fugir desse pessoal esquisito, e divagando sobre o quanto a Terra ficou estranha. Memórias passadas o assombram; crianças pedindo para que eles a salvassem, mais precisamente. Ele não consegue fugir (isso não é spoiler), e acaba sendo escravizado e usado como uma bolsa de sangue itinerante para Nux (Nicholas Hoult), mais um dos esquisitos do local, retratado abaixo.


Em seguida, vemos a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) saindo de sua terra num super caminhão com frente de carcaça de Fusca e 2000 cavalos de potência, com o objetivo de levar combustível a outro povo. O que ninguém sabe é que ela leva consigo as parideiras, moças bem bonitas que são forçadas a manter relações sexuais com Immortan Joe para perpetuar a espécie. O objetivo de Furiosa é levá-las ao Vale Verde, terra em que nasceu, e onde a vida não é tão cruel.


Quando essa ação é descoberta, Immortan reúne uma galera para perseguir Furiosa e capturar as meninas de volta. É aí que Max acaba entrando na brincadeira, mas de um jeito não muito confortável: sendo a bolsa de sangue de Nux, vai acorrentado à frente do carro deste enquanto seu sangue é passado para ele percebemos pela cara de dor que não tá nada fácil pro Max.


A perseguição começa e minha narrativa da história termina. Devo dizer que nada de muito legal acontece ao menos na minha opinião e isso me frustrou um pouco. Claro que é bem maneiro ver perseguições insanas com carros malucos e gente estranha no meio do deserto, mas a mim faltou um enredo mais consistente e convincente que embasasse aquela maluquice.

Por vezes cheguei a pensar que o gato do meu namorado estava entendendo o filme melhor que eu.


O Max, que dá nome ao filme, não tem um papel tão relevante quanto fiquei esperando que tivesse. Em compensação, Charlize destroi na interpretação de Furiosa, personagem responsável pelo início e fim da trama é incrível o quanto ela se sacrifica para ir atrás do que considera melhor para si e para as pobres escravas sexuais.

Ainda que a ação de Furiosa tivesse um objetivo, e a persecução dele tenha dado causa a todas as ações do filme, não fiquei convencida. Não que eu tire o mérito do filme, que foi uma das maiores bilheterias por aqui só acredito que ter visto no cinema, Imax talvez, com um bom 3D, me cativaria mais.

Antes de ver o filme, li algumas críticas sobre ele, e conversei com a galera que tinha assistido. As opiniões eram quase unânime fora uns gatos pingados que diziam ser o filme mais fodástico do ano, a maioria dizia: Olha, os efeitos especiais são ótimos, mas não espere que faça muito sentido. E, de fato, não faz. Mas mudo de opinião se alguma alma caridosa conseguir me explicar por que diabos um sujeito cego fica tocando guitarra em cima de um carro durante o filme todo.

Só vou dizer que recomendo porque ficaria bem feliz em ver a carinha de Wat de cada um dos leitores que tenham assistido ao filme.


Até a próxima, gente linda.

Resenha por: Stephanie Eschiapati
2 comentários: segunda-feira, 20 de janeiro de 2014 Mary e Max - Uma Amizade Diferente Deusnos dá familiares. Graças a Deus podemos escolher nossos amigos.
MARY AND MAX (2009)


Agrandiosa frase acima, de Ethel Mumford, traduz exatamente sobre o que se trata ofilme Mary and Max: uma história de amizade. Mas fiquem atentos: não é umaamizade normal, como essas banais quetemos por aí. Como traduzido para a língua brasileira, trata-se de Uma AmizadeDiferente, e isso ocorre devido às características peculiares presentes em cada personagem, principalmente em Mary e emMax. Começarei descrevendo-os.

MARY:


Mary éuma menina de oito anos que vive na Austrália dos anos 70, e o fator preponderante de sua vida é a infelicidade. No começo do filme, suas características são apresentadas, conforme veremos a seguir:
-ela tem na testa uma marca de nascença da cor de cocô;-ela usa um anel de humor que sempre fica cinza, o que significa que ela podeestar pensativa, inconscientemente ambiciosa ou com fome; -seus únicos amigos são Os Noblets, bonecos de seu desenho preferido; ela osadora porque são marrons, moram em bule de chá e têm um monte deamigos.-ela ama comer leite condensado direto na lata.
Desde já começamos a perceber a influência que (in)felizmente afamília exerce sobre a personalidade de Mary. Precisamos, portanto, conhecer também as pessoas que convivem com ela.
Ohobby do pai de Mary é sentar-se em seu barraco, beber Licor Irlandês eempalhar os pássaros que encontrou nas beiras das estradas (vale ressaltar que um dos desejos deMary é que seu pai passasse mais tempo com ela do que com os animais mortos).
Marytambém se sente confusa e estranha em relação a sua mãe, uma senhora que, dentre tantas outras doenças, é alcoólatra e cleptomaníaca (sua desculpa para justificar os inúmeros furtos é que ela estava emprestando as coisas).
MAX:

Maxvive em Nova York e, como Mary, também é infeliz com a vida que leva. Algumasde suas características:
-ele adora assistir Os Noblets, principalmente porque eles têm um monte deamigos;-ele ama comer cachorro-quente de chocolate (inventado por ele mesmo);-seu cérebro é muito objetivo;-ele tem Síndrome de Asparger.-ele é gordinho e participa do Comedores Anônimos (local que odeia frequentar, principalmente às quintas-feiras, pelo seguinte motivo: uma senhora, também participante do grupo, sempre lhe envia sinais não-verbais, como, por exemplo, piscadelas, deixando Max confuso e sem entender o que está acontecendo).
Outraabordagem do filme é a relação/comparação entre a curiosidade infantil e a curiosidade das pessoas portadoras de síndrome de Asparger, como a questão "de onde vêm os bebês". O avô de Mary conta a ela que, naAustrália, os bebês são encontrados no fundo dos copos de cerveja. Porém, a curiosidade de Mary supera distâncias: para ela, os bebês só nasciam desse jeito na Austrália; e nos outros lugares, de onde surgiam?
Certo dia, ao explorar uma lista telefônica de Nova York,Maryrepara em como são esquisitos os nomes das pessoas. Recordando-se da questão levantada por seu avô, surge o desejo de saber como os bebês nascem nos EstadosUnidos. Ela teve, então, uma brilhante ideia: escrever para alguém dalista telefônica e perguntar como surgiam os bebês. E Max Horowitz foi oescolhido. Assim, ela escreve uma carta à Max questionando se, na América, osbebês eram encontrados dentro das latinhas de refrigerante, pois lá as pessoasbebiam muita Coca-Cola. E esse foi o primeiro passo para uma amizade cheia de surpresas. No final da carta, Marypede que Max escreva de volta, e desejou sinceramente que pudessem ser amigos.

Maxrecebe a carta e a lê quatro vezes. Sempre que algo inesperado, novo emisterioso surge na vida de Max, ele se sente confuso e recua, pois essa é uma das características dos portadores da síndrome de Asparger. Elegosta de coisas estáveis. Um exemplo desse estilo de vida (estável) é demonstrado nosmomentos em que seu peixe Henry morre: no dia seguinte Max sempre vai à loja ecompra um peixe novo, para que sua vida não fique instável e irracional.
Ele tem 44 anos e acredita que as pessoas são muito confusas. Por que elas semprejogam bitucas de cigarro no chão? Por que não respeitam as leis? Por que não sãoobjetivas e diretas?
NovaYork é um lugar muito agitado e barulhento. Eu preferiria viver em algum lugarmais calmo, como a lua. Não gosto de multidões, luzes por todos os lados,barulhos e cheiros fortes. Nova York tem tudo isso, especialmente os cheiros.Eu acho os humanos interessantes, mas é difícil de entendê-los. Eu penso,porém,que vou entender e confiar emvocê.

Qualquer pessoa no mundo, em normais circunstâncias, deseja ter um amigo, correto? E isso não édiferente com aquelas que possuem problemas mentais, físicos ou quaisqueroutras ocorrências relacionadas. Max queria muito um amigo e, por este motivo, depositou toda a suaconfiança na carta que escreveu àMary, esperando ansiosamente que ela atendesse às suas expectativas, para criar, assim, uma grande amizade.
Max esperava que Maryfosse escrever para ele novamente. Ele sempre quis ter um amigo. Um amigo quenão fosse imaginário, animal de estimação ou boneco de brinquedo. Ele contou asestrelas e imaginou quantos dias, horas, minutos iria levar para que sua cartachegasse à Austrália.


QuandoMaryrecebe a carta, ela fica animadíssima, como se sua vida estivesse prestes amudar (para melhor). Ao escrever de volta à Max, ela pede que as cartas sejam enviadas ao seu vizinho, para que não corresse novamente o risco de sua mãe encontrá-las e jogá-las no lixo, como já havia acontecido. O vizinho, como todos os personagensda "peça", também possui uma doença: agorafobia, que é o medo enorme de sair de dentro de casa.Ele também é paraplégico. Quando Mary responde a carta de Max, ela diz queseu vizinho tem homofobia (medo de sair de casa).
Vinteanos se passam, e Mary e Max continuaram se correspondendo.


Apesarde ser uma bela amizade, é sabido que as coisas no mundo não tendem a permanecer eternamente coloridas e estáveis. Os problemas sempre surgem, porém é maravilhoso ver comoambas as personagens lutam para que essa amizade tão forte, que durou por tanto tempo, não seja destruída. É inevitável: as pessoas erram (shit happens!). Mas os erros também devem ser perdoados.

Esse pequeno resumo que fiz foi com base em trinta minutos de filme (que possui o total de uma hora e meia).Apesar de parecer algo triste, um filme acometido com personagens doentes eesquisitas, não se trata de nada disso. Esse filme é como a vida, tem seus altos ebaixos, seus momentos de tristeza e de felicidade, de amizade, raiva,amor, diferenças, indiferenças e, acima de tudo, superação e perdão. Não vou contar o resto do filme (odiamos spoilerscom todas as nossas forças!), pois o que já foi dito é o suficiente para que todos queiram ter a experiência de assisti-lo (espero eu, né?). Não tem como não se emocionar. Não tem como não se admirar.Não tem como não se apaixonar. Só digo uma coisa a vocês: raramente será encontrado um filme que retrata tão bem a vida com toda a sua beleza e simplicidade.
Resenha por: Rebeca Reale
Link para download(formato AVI + legenda): Clique aqui.
Um comentário: sábado, 17 de agosto de 2013 Elena Poucoa pouco as dores viram água, viram memória. As memórias vão com o tempo, sedesfazem. Mas algumas não encontram conforto, só algum alívio nas pequenasbrechas da poesia. Você é a minha memória inconsolável, feita de pedra e desombra. E é dela que tudo nasce. E dança.
ELENA (2012)

Nuncapensei que consideraria um filme brasileiro como meu favorito. Sim, tenhoaquele preconceito ridículo que a maioria das pessoas tem, e constantemente filmes brasileiros me decepcionam. Mas com Elena foi diferente. Como disse Jorge Furtado, ''Petrainventou uma nova forma de filmar, filmou a alma''. E foi exatamente com a alma que eu assisti a esse filme. Hoje é sábado. Assisti Elenaquinta-feira, sexta-feira e hoje, e a vontade de assistir novamente ainda nãosumiu de mim.
Um dos fatores que tanto influenciou meus sentimentos foi o fato de que ahistória se passa entre duas irmãs, uma mais velha e uma mais nova (e eu não pude deixar de me colocar no lugar delas, visto que a diferença de idade entre minha irmã e eu é praticamente a mesma). Elena é poesia, é alma, é amor. É uma história sobre consolação, sobre aprender a viver sem ter aquiloo que você mais deseja: a presença de alguém.

Ofilme é um documentário biográfico. Petra Costa, diretora, conta a históriade sua irmã,Elena Andrade, e como foi sua vida a partir de seu distanciamento. Petra volta à Nova York na intenção de encontrar Elena caminhandopelas ruas com sua blusa de seda. Leva com ela apenas lembranças que a irmã deixouno Brasil: filmes, recortes de jornais, diários e cartas. Petra precisaencontrar Elena para tentar continuar a viver. Se ela deixar Elena continuarvivendo em sua memória, e principalmente em sua alma, ela não conseguirá seguirem frente.
"Será que a minha raiz vai conseguir arrebentar asfaltos, canos e prédios pra sobreviver e gerar frutos? Sim, se minha raiz fosse forte, grande, mas sinto que a minha semente nem chegou a brotar direito ainda. Então, provavelmente em uma cidade, ela se brotasse, miúda e doente viveria."
Elenanasceu na época da ditadura militar e viveu na clandestinidade. Seus pais, com desejo de revolução, queriam ir à guerra. Petra deixaclaro o que salvou a vida deles: Elena, o bebê de seis meses nabarriga da mãe. Desde os 4 anos de idade ela teve convicção de que queria seratriz, como sua progenitora. Alguns anos depois, nasce Petra, com quem Elena passa osdias brincando de teatro e ensinando a atuar.


QuandoPetra faz 7 anos, sua irmã a leva até o quarto e lhe diz que ficariam separadas por algum tempo, pois ela iria morar longe. Elena está deixando debrincar de teatro para virar atriz. E Petra confirma: 7 anos foi realmente sua pioridade. Essa foi a primeira vez que Elena se distanciou da família.
Elena,em Nova York, faz várias entrevistas, mas ninguém liga de volta. Ela começa a ficar deprimida, se achafeia e gorda, e sem esperanças de que algum dia suaraiz possa se tornar forte o suficiente para se fixar em algum lugar. Por tais problemas, ela volta ao Brasil, na esperança de poder se reencontrar. Porém, após um curto período de tempo, ela retorna à Nova York para começar suas aulas na Universidade, dessa vez levando consigo mãe e irmã.


Petraodeia Nova York. Odeia o frio e o fato de ter que aprender inglês. Mesmocom a presença da família, Elena continua deprimida, chorando, gritando, apenasdesejando dar um fim em sua vida. Ela deixa claro que, se ela não consegue viver com a arte,ela prefere morrer. A depressão fica evidente aos olhos da família, e issoinfluencia os sentimentos de Petra.

"Esse corpo tá doente. A vida o fez totalmente doente. Totalmente. Aquele eu descontrolado voltou e eu ajo como se atuasse, percebo tudo como numa tela de cinema: o meu tempo, respiração, os olhos ficando diferentes. O mundo tá vazio, deserto, não adianta esperar por ninguém. Você tá só, completamente só."
Apartir daqui, é impossível uma resenha sem spoilers. Mas vale a pena ler eassistir ao filme mesmo já sabendo a história.
Elenacritica a si mesma o tempo todo. Como eu disse, para ela, a vida sem arte não évida, e dessa maneira ela prefere desaparecer do mundo, dormir para sempre, entrar na escuridão.Então, o inevitável acontece: Elena escreve uma carta e engole um frasco deaspirinas... com cachaça. Elena morre, deixando no mundo uma mãe feita desaudades, um pai que apenas olha para longe quando perguntam sobre ela, pois lhe faltam as palavras, e uma irmã que sofre sem a sua presença. It hurtsmy feelings foi a primeira frase que Petra disse quando viu a mãe triste eperguntou se sua babá havia morrido. Quando recebeu a resposta de que quemhavia partido era sua irmã, ela achou o mundo um lugar completamente cruel.


Petra, a partir daí, também foi diagnosticadacom depressão. Tinha sentimentos de culpa e evitava falar de sua irmã. Um dia,quando tinha 10 anos, ela finalmente percebeu que Elena havia morrido prasempre. E ela, não volta mais?. Não. Ela tá morta".

"Uma tarde, dando voltas em círculos, eu percebo que você morreu. Pra sempre. Volto pra dentro da casa e percebo que minha mãe pode morrer. E penso que se pensei isso, quer dizer que ela vai mesmo morrer a qualquer momento. Que é um sinal. E que eu devo fazer tudo pra evitar. Começo a fazer promessas constantes: que eu não vou comer mais sal, que eu vou subir todas as escadas do nosso apartamento no décimo nono andar de joelhos e que nunca mais vou me olhar no espelho, pra ela não morrer. Sempre entrava no banheiro de olhos fechados."
O tempo vai passando e as memórias vão sumindo, e Elena vai desaparecendo junto com elas. Petra cresce, e chega à época do vestibular.Agora, você já está mais velha do que Elena.De última hora, ela decide fazer teatro, como a irmã. A partir daí, foi como se Elena voltasse. Não só na memória, mas dessa vez dentro da alma de Petra. Ela sente a irmã dentro de si, e mais, como sendo seu próprio ser. As duas irmãs vão se (con)fundindo em um só corpo, e Petra passa a se sentir da mesma forma como Elena se sentia nas semanas antes de morrer: deprimida, cansada e apenas desejando colocar fim nos momentos de infelicidade que ela estava vivendo.

Se ela me convence que a vida não vale a pena, eu tenho quemorrer com ela. E para não pôr fim à própria vida, Petra precisa encenarsua própria morte, a morte dela e a de Elena, para que possa viver sem aquelasensação de que está se transformando na irmã. Dessa vez, Petra tem consciênciada morte da irmã um sentimento que veio com prazer e imensa dor. Elena passaa se materializar e sair do corpo de Petra na medida em que esta a busca nasruas de Nova York, na medida em que encontra seus vídeos, cartas e lembranças.

"Eu quero morrer. Razão? Tantas que seria ridículo mencioná-las.Eu desisto, desisto porque meu coração tá tão triste que eu sinto achar-me nodireito de não perambular por aí com esse corpo que ocupa espaço e esmaga maiso que eu tenho de tão, tão frágil."
Desta forma, Petra supera a morte de Elena para continuar vivendo. Dessavez, ela entende que Elena se foi para sempre, e que agora é apenas umamemória. Uma memória inconsolável, feita de pedra e de sombra. Mesmo sendo umamemória sem consolo, Petra aprendeu a se conformar para continuar com seu papelem seu próprio filme.

Assim como, quando criança, ela entendeu que a pequena sereia precisoumorrer para que um dia fosse o que queria ser, agora ela entende os motivos quefizeram Elena partir.

Resenha por: Rebeca Reale

8 comentários: domingo, 5 de maio de 2013 Laranja Mecânica Mudandoum pouco o foco dos filmes estrangeiros (Después de Lucía, Querida Voy a Comprar Cigarrillos y Vuelvo e El Laberinto del Fauno), vou falar sobre umfilme que todo mundo que eu conheço já tinha assistido, e eu ainda não tinhavisto de lerda mesmo. Devo dizer que muita gente já falou sobre esse filme,então, em vez de me aprofundar mais na história em si que, aposto, muitosleitores já estão cansados de conhecer vou explicitar os meus pontos devista, mais pra compartilhar com vocês mesmo.

A CLOCKWORK ORANGE (1971)


Inglaterra,futuro, caos. O cenário é de violência e terror, provocado por gangues juvenisque saem pela noite praticando roubos, estupros e outros tipos de violênciagratuita. Uma dessas gangues é a de AlexanderDeLarge (Malcolm McDowell),composta por mais três druguies: Pete (Michael Tam), Georgie (James Marcus) e Dim (Warren Clarke). Sãoquatro rapazes bonitos, até, mesmo Dimsendo meio tapado. O hobby deles ésair à noite, ir até aLeiteria Korovae tomar leite-com, que, segundo Alex, aguçava os sentidos e estimulava avelha ultraviolência.

Nessamesma noite, os quatro espancaram um mendigo, brigaram com outra gangue e foramaté a Home, a afastada casa de umescritor, e espancaram-no, além de estuprar sua esposa.


Omais engraçado é que os pais de Alex Dad (Philip Stone) e Mum (Sheila Raynor) não tinham a menor ideiado que o filho fazia à noite, achando, inclusive, que ele trabalhava. Não queseja super incomum que os pais não saibam o que os filhos fazem, mas digo que éengraçado porque eles chegam a tratar o filho como uma criança mesmo.

Bom,voltando à história, Alex e seus druguies não andavam em um clima muitobom, porque ele começou a achar que eles queriam lhe retirar a autoridade.Depois de bater nos três e achar que estava tudo ok, foram a um bar e Georgie lhes contou o plano para aquela noite:ir a um SPA afastado da cidade em que morava apenas uma mulher muito rica, eroubar seus pertences.
Elestentaram entrar do mesmo jeito que na casa daquele casal sobre o qual falei aliem cima, dizendo que tinham sofrido um acidente e queriam usar o telefone. Comoa mulher não acreditou, não os deixou entrar, e, ainda, ligou para a polícia.Alex, sem desistir, pediu para os druguies ficarem para o lado de fora econseguiu entrar na casa. Entrou em luta corporal com a mulher e a atingiu comuma escultura. Quando foi abriraporta para os companheiros, foi atingido por um deles, e deixado no local paraser preso.

Efoi, mesmo. E pior, a mulher que ele atingira na casa morrera com o golpe. Alex foi condenado a 14 anos de prisãopelo homicídio, e foi para o PresídioParkmoor.


Lá,por incrível que pareça, havia mais paz do que na rua.Alex puxou muito o saco do clérigo pra provar que era um rapaz debem, pois queria se submeter ao tratamento Ludovico:algo de que ele ouvira falar e que reabilitava a pessoa num prazo minúsculo, e,ainda, a impedia de praticar outros crimes. Claro que ele só queria mesmo sairda prisão o mais rápido possível, por isso dissimulou bastante até conseguirser escolhido como cobaia.

Basicamente,o tratamento consistia em criar na pessoa uma aversão ao crime através daexposição de cenas absurdamente violentas. Claro que o negócio ainda eraexperimental e tinha cunho político, pois o partido dominante queria sereeleger através da diminuição massiva da violência.
(Método Ludovico)
Enfim,acho melhor parar de contar por aqui. Mas devo dizer que muita coisa mudoudepois dos dois anos em que Alexficou fora da sociedade, e, quando ele saiu, já nem sabia se reconhecia mais omundo em que viveu.

Bom,eu particularmente adoro os filmes do StanleyKubrick, e nem sei por que ainda não tinha assistido este, que é, de longe,o mais falado do diretor. Apesar de ele situar sua história em uma Inglaterrafuturista e a questão do futuro caótico aparece em outros filmes também, comono Dredd (1995 e 2012) apoliticagem que envolve as atitudes das autoridades estatais foi a mesmaontem, é a mesma hoje e será a mesma de amanhã.
Afinal,a técnica Ludovico não foi criadapela persecução da paz social ou do interesse público, e sim pelo interesse políticodo partido que governava a Inglaterra, e que não queria perder a próximaeleição sob o argumento de que perdera o controle da sociedade.
Certo,de política é isso aí. Assistindo ao filme, como não pode deixar de ser,prestei bastante atenção no Alex, enão consegui odiá-lo. Sim, ele é cruel, frio, egoísta, insensível, arrogante,egocêntrico, dissimulado etc. MAAAS, como todo mundo tem lá seus ladospositivos, ele é um rapaz bonito, educado, carinhoso (ainda que apenas com ospais e sua cobra de estimação), portador de uma invejável desenvoltura e dotadode um ótimo gosto musical Ludwig vanBeethoven é seu grande ídolo.

(Assim,deixando bem claro que não defendo o que ele faz durante o filme, ok? Só achoque ele tem qualidades também).
Eacho, além disso, que Alex foi umavítima no fim da história. Quem já viu sabe, quem ainda não viu tem que ver prasaber, mas o que aconteceu com ele não foi legal. E pode nem ter dado resultado afinal, o fim do filme é bastante subjetivo, e cabe a cada um de nós concluiro que aconteceu ao Alex.
Enfim,mudando um pouco o que sempre digo, não vou dizer que super recomendo essefilme e talz, afinal, seria chover no molhado, né? Até a próxima.
CURIOSIDADES:
-A Clockwork Orange voltou à moda porque uma cópiarestaurada esteve em cartaz no CineSESC, aqui em São Paulo. Então, todo mundovoltou a falar sobre a obra, como não podia deixar de ser. Não foi difícilencontrar curiosidades sobre o filme, então, deixo aqui o link do Omelete, que traz 10 curiosidades dofilme:
http://omelete.uol.com.br/cinema/laranja-mecanica-curiosidades/
-Ah, mas não posso deixar de ressaltar,ainda que isso esteja aí no link, que achei um barato algumas palavras que osatores usam durante o filme. Pesquisei e vi que se trata de uma línguafictícia, chamada Nadsat, queconsiste em uma mistura de inglês operário, russo e gírias londrinas;
-Além disso, A ClockworkOrange, como todo mundo sabe, foi inspirado no livro demesmo nome escrito por Anthony Burgessem 1962. O que eu não sabia (e não sei se muita gente sabia) era que o estuproda moça na Home foi baseado em um fatoreal: em 1944, a primeira esposa de Burgess,Lynne, foi estuprada por quatrorapazes;
-Pra quem gosta de música: o Sepultura (banda de que gosto muito\m/) inspirou-se na história de LaranjaMecânicaem seu 11º álbum, A-Lex, de 2009. É um trocadilho com o nome de Alex e, em latim, a expressão significasem lei;
-Outro link interessante que encontrei édo IMDB: mesmo todo em inglês, são mais de 20 perguntas respondidas sobre ofilme (contendo alguns spoilers,então, cuidado). Achei bem legal:
http://www.imdb.com/title/tt0066921/faq
-Por fim, nunca é demais pedir pra vocêscurtirem a página do blog no facebook, né? O link tá ali embaixo, e já montei lá um álbum com várias fotosdo filme, inclusive dos atores nos bastidores. Vejam lá!
https://www.facebook.com/OFilmeQueHabito
Resenha por: Stephanie Eschiapati

Nenhum comentário: terça-feira, 30 de abril de 2013 O Labirinto do Fauno Há muito tempo atrás, no ReinoSubterrâneo, onde não há mentiras ou dor, viveu uma princesa que sonhavacom o mundo humano. Ela sonhava com o céu azul, a brisa suave e o brilho do sol. Umdia, burlando toda a vigilância, a princesa escapou. Uma vez do lado de fora, a luzdo sol a cegou e apagou de sua memória qualquer indício do passado. Aprincesa esqueceu quem ela era e de onde havia vindo. Seu corpo sofria de frio, doença e dor, e ao passar dos anos, ela morreu. Entretanto, seu pai, o Rei, sempre soube que a alma da princesa retornaria, talvez em outro corpo, em outra época, em outro lugar. E ele esperaria por ela até seu último suspiro, até que o mundo parasse de girar...
EL LABERINTO DEL FAUNO(2006)


Dirigido porGuillermodel Toroe vencedor de trêsOscarsem 2007,ElLaberinto Del Fauno mistura dois temas totalmente opostos, mas que sefundem na tentativa de criar um mundo melhor: a guerra civil espanhola e amagia da imaginação de uma criança.
A história se passano ano de 1944, quinto ano de paz após a guerra civil da Espanha, e relata aviagem deOfelia(Ivana Baquero), uma garota de 13 anosque, junto à sua mãeCarmen(Ariadna Gil), que estádoente por sua nova gestação, se muda para um pequeno povoado. Nesse lugar viveVidal(Sergi López), um cruel capitão do exército fascista.Ele é o novo marido deCarmen, mas ter este novo status não setorna um empecilho para seu comportamento totalmente frio e sem carinho emrelação àOfelia. A missão do capitãoVidaléacabar com quaisquer vestígios da resistência republicana, composta por homensque se escondem nas montanhas ao redor do povoado. Dentre as pessoas que servemao capitão, há uma empregada chamadaMercedes(MaribelVerdú), que possui papel importante na vida deOfelia, e odoutorFerreiro(Álex Ângulo), cúmplice deMercedesnofornecimento de alimentos e remédios aos homens da resistência.
A história deElLaberinto Del Faunose consagra a partir do descobrimento de um mundomágico porOfelia, um labirinto onde vive um fauno (Doug Jones),estranha criatura que descobre na garota a princesa que havia morrido,dando-lhe missões para que sua alma pudesse retornar ao Reino Subterrâneo e sedesvencilhar de quaisquer particularidades do mundo humano, que viveconstantemente em guerra.
Já no começo daviagem, em uma das paradas de carro queOfeliae sua mãe sãoobrigadas a realizar devido às ânsias da gravidez, a garota enxerga um animal parecido com um inseto (parecido com um louva-deus, porém bem maior), e deduz queesse animal é uma fada. Após esse acontecimento, ambas chegam ao povoado,eOfeliafica apreensiva ao cumprimentar o capitãoVidal,não tendo nenhum desejo de considerá-lo como um pai. O que ela realmente senteem relação a ele é medo, e posteriormente podemos ver que sua mãe tambémcompartilha do mesmo sentimento.

À noite, ao acordar de seu sono devido à presença deruídos em seu quarto,Ofeliapercebe que alguma coisa está semovendo no local, e se depara novamente com o estranho inseto. Ela mostra aoanimal seu livro, onde há a imagem de uma fada, e misteriosamente o animal setransforma na mesma criatura impressa naquela página.

Em forma de fada, acriatura faz com queOfeliaa siga até um local no exterior daresidência um labirinto em meio a ruínas. Descendo uma escada, a garota seencontra no interior do labirinto, e magicamente um fauno surge ao seuredor.Ofelianão o teme, por mais estranho, feio e macabroque ele fosse. O fauno diz a ela que a alma da princesa do Reino Subterrâneoestá presa em seu corpo, e para que ela possa voltar ao seu verdadeiro lar,três missões deveriam ser realizadas antes da lua cheia, para que ele pudesse ter certeza de que a essência da princesa ainda permanecia intacta. Para ajudá-la, ele lheoferece o Livro das Encruzilhadas, que mostraria à garota o que deveriaser realizado.

A primeira das missões envolve um sapo gigante quevive no interior de uma árvore e a tentativa de fazer com que ele engula trêspedras mágicas. O animal faz com que a árvore permaneça doente, e, paralivrá-la desse mal,Ofeliadeve fazer que ele engula três pedrasâmbar, pois só assim seria certa a sua morte. Após isso, o dever deOfeliaé retirar uma chave dourada de dentrodo estômago do sapo morto e levá-la até o fauno, dentro do labirinto.


Tentando recuar suamente do mundo real, caracterizado por inúmeras batalhas, mortes esofrimento,Ofeliaembarca em toda a magia existente no mundoimaginário, com determinação no cumprimento das tarefas que lhe são passadas.Tanto é que seu êxito na primeira missão foi certamente grandioso, sem nenhumaconsequência ruim. O sapo morre, ela recupera a chave e a leva até o fauno, quelhe informa qual é a segunda missão.
As cenas das duasprimeiras missões são incríveis e nos deixam atentos de modo a parecer impossívelpiscar ou se mover, tudo isso na expectativa do que pode vir a acontecer. Nossavontade é queOfelialogre êxito em todas as suas missões,para que saia do lugar horrível onde está vivendo com sua mãe e volte para seu antigoe encantado reino, onde só existe paz e amor.

Para a segunda prova,o fauno fornece aOfeliaum giz mágico, cujas propriedadespodem criar novas portas para outros mundos imaginários. Basta que ela desenheuma porta em qualquer lugar da casa, que existirá uma entrada para o local ondeo fauno necessita que ela ingresse. Neste novo local, Ofeliaprecisarecuperar um punhal, que posteriormente seria usado na terceira missão(informação esta que foi omitida pelo fauno). Neste local, há uma criatura quevigia uma mesa com banquetes deliciosos, eOfeliafoi proibidade consumir qualquer alimento, pois isso acarretaria problemas em sua missão.Apesar de falhar em certa parte da tarefa e enfrentar as consequênciasdecorrentes dela,Ofeliaconsegue resgatar o punhal.

No decorrer dahistória, o fauno presenteia Ofeliacom uma mandrágora mágica, que deveria ser colocada em uma bacia com leite debaixoda cama onde sua mãe doente se encontrava em repouso. O poder mágico damandrágora teria a função de curar a doença da mãe deOfelia, alémde manter seu futuro irmão saudável.
Ofeliavem cumprindo as missões em seu mundo defantasias enquanto que, no mundo real, o capitãoVidalcapturaum dos rebeldes e o tortura, além de começar a desconfiar dos papeis que o doutorFerreiroeMercedesdesempenham no contrabando de remédios e nossaques (furtos) em seu depósito alimentício.

A última missão, porém, fezOfeliasopesaro que era mais importante em sua consciência e história: a vida de um inocente ou odesejo de voltar a ser a princesa do Reino Subterrâneo.
O fauno informa àgarota a última missão: derramar o sangue de um inocente para que o portal do mundo subterrâneo fosse novamente aberto.Ofeliase vêdefronte a uma decisão que poderia mudar todo o rumo de sua vida enfrentar ocapitãoVidal, que a seguiu até o labirinto com o intuito derecuperar seu filho (nesta parte do filme, a mãe de Ofelia já havia dado a luz ao bebê), ou renunciar a todos osdireitos que ela possuía como princesa ao não entregar o bebê ao fauno (Ofelia havia escolhido seu irmão comoalguém que possuía a característica de inocente), ainda que fosseapenas para retirar-lhe algumas gotas de sangue.

A partir daqui,chegamos ao final do filme, que, apesar de ser extremamente triste (choreidemais, durante uns 10 minutos), possui um dos finais mais belos e maravilhosose de aquecer o coração de todos os finais de filmes que eu já vi.
Apesar de todas ascoisas horríveis que se passaram na vida deOfelia, ela encontrou apaz que tanto desejava, ainda que isso não tivesse se realizado no mundo real,onde se encontrava seu corpo, sua existência material. As escolhas que elacolocou em prática aqui, na Terra, tiveram consequências reais no mundo dasfantasias em que ela passou a viver.

Por fim, o filme deixa uma reflexão: será que o mundodos sonhos possui mais valor que o mundo real? Se aqui existe tanta opressão,maldade e tristeza, não seria melhor, e mais viável, optarmos por um lugar ondepoderíamos ter todas as pessoas que amamos ao nosso lado, sem dor, mentiras e crueldades?E, ainda: será que esse mundo dos sonhos, da imaginação, realmente existe, eserá que é igual para todas as pessoas? São por essas e tantas outras questõesque nos prendemos à vida. A dúvida faz com que permaneçamos até nosso últimosuspiro e bater cardíaco neste mundo porque, enquanto estivermos aqui, a vidanos mostrará a importância de seguir nossos sonhos, apesar de tão distantes eimpossíveis que possam parecer. É essa a lição queOfelianosdeixa a dúvida sobre a existência do reino mágico não fez com que Ofeliadesistissede seguir seus objetivos, e acredito que todos nós deveríamos fazer o mesmo, poisnada é tão irreal que um dia não possa se tornar realidade. Basta acreditarmos.
Resenha por: Rebeca Reale
Link para download(formato AVI + legenda): Clique aqui.
3 comentários: Postagens mais antigasPágina inicialAssinar:Postagens (Atom)NósO Filme que HabitoO Filme que Habito é um blog de cinema criado por Rebeca e Stephanie, duas estudantes de Direito viciadas em filmes. Vocês terão a oportunidade de conhecer filmes novos, conhecer visões novas sobre filmes velhos, opinar, discordar, concordar etc. O objetivo maior é ser impessoal, e não ficar analisando características ínfimas da produção de cada filme; portanto, não esperem que analisemos a fotografia, áudio, entre tantas outras coisas do tipo, porque o que nós queremos é proporcionar nossa visão sobre os filmes e que vocês compartilhem dessa visão. O nome do blog é em homenagem ao filme "La Piel que Habito".Visualizar meu perfil completoPesquisarOs mais acessadosLolitaTúmulo dos VagalumesO Encanto das FadasElenaDepois de LúciaEu matei minha mãeO Labirinto do FaunoO Amigo OcultoO Substituto (Desapego)Mary e Max - Uma Amizade DiferenteFacebookArquivo2015(1)Julho(1)Mad Max - Estrada da Fúria2014(1)Janeiro(1)2013(15)Agosto(1)Maio(1)Abril(3)Março(1)Fevereiro(5)Janeiro(4)2012(25)Dezembro(3)Novembro(7)Outubro(15)Tags18+19621984abusoadolescênciaAdrien Brodyamigo imaginárioamizadeamorAng LeeanimaçãoAnna FarisAnthony HopkinsAnthony PerkinsapocalipseBaby JaneBeatlesbebêbebidasBette DavisBilly Bob ThorntonbiografiaBlockbusterbrasileirobruxasbullyingcabanaCarey Mulligancasablancacenas fortescentopeiaChaplinCharlize TheronChristopher LeecigarrosclássicocomédiaCottingleycrise existencialDakota FanningDario ArgentodemôniodesapegoDeusdiabodocumentáriodoençadoentiodramadrogaselefanteElenaElena AndradeElsie WrightEmma WatsoneróticoescolaespanhaestrangeiroExpressionismoEzra MillerfadasFairyTalefamíliafascismofaunoficçãofim do mundoflorestaFrances GriffithsFrances McDormandfuturistaGeorge OrwellGrindhouseguerra civilhalloweenHelpherry kinghistória realHitchcockHumphrey BogartHusseinIñarrituÍndiaindiferençainfânciaIngrid BergmanirmãJames StewartJapãoJavier BardemJeremy IronsJessica HarperJoan CrawfordJohn HurtjovensKeira KnightleylabirintolançamentoLife of PilivroLogan LermanLolitaloucuramãemagiaMagic Mystery TourmágicamemóriasmeteoroMia FarrowMichael FassbenderMichael PittmistériomortemudonacionalnaufrágioNicole KidmanninfetanonsenseNorman BatesódiopaganismopaixãoPatrick WilsonPatton OswaltPetra CostaPipreto e brancoprimeiro postprofeciaprostituiçãopsicodélicopsicosereligiãoRingoRobert De NiroRobert RodriguezRobin HardyRoman PolanskiromanceSacha Baron CohensádicosátiraSegunda Guerra MundialsexoStanley KubrickSteve CarellsurpreendentesuspenseTarantinoterrorthrillertigreTom CruiseTom HardyTom Sixtorturatrashvermelhoviagem no tempovidaviolênciavizinhançaVladimir NabokovzumbiVisitasSeguidoresTradutorPagesInício
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