JOSÉ MARIA ALVES - CURSO BÁSICO DE HOMEOPATIA

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JOSÉ MARIA ALVES - CURSO BÁSICO DE HOMEOPATIA

terça-feira, 7 de maio de 2013 CURSO BÁSICO DE HOMEOPATIA - NOTA PRÉVIA E PREFÁCIO

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NOTAPRÉVIA Em princípios do ano de 2005 publicámos a Homeopatia Essencial, que se pretendiaconstituir ainda que de modo sintético como um breve curso de homeopatiaunicista doutrina homeopática, matériamédica, relações entre os medicamentos e em anexo, questionário homeopático emétodo de repertorização.
Neste sítio, ainda que com múltiplasdificuldades de edição, iremos plasmar o seu conteúdo, não obstante tenhamos umcontrato com o editor que foi violado de forma grosseira, nomeadamente nãopagando um cêntimo dos direitos deste ede outros três nossos livros a reverter para os Homeopatas Sem FronteirasPortugal, não obstante tenha vendido todos os exemplares. Enfim, o espelho donosso país e deste mundo
Faça o download nonosso site pessoal da obra completa e isenta de erros de edição pelos quais apresentamos desde já as nossasdesculpas
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PREFÁCIO - do livro Homeopatia Essencial
Há alguns anos atrás, paralelamenteà minha profissão e animado de ampla curiosidade cultural, dediquei-me aoestudo das medicinas alternativas ou complementares.A Homeopatia, com os seus princípios análiseglobal do ser humano e não-agressão medicamentosa seduziu-me. Iniciei aminha formação numa Escola de tendência Pluralista, mas cedo me tornei adeptodo Unicismo.Com o decorrer do tempo fui coligindoapontamentos e acabei por me encontrar na posse de um conjunto de informaçõescapaz de se constituir como um pequeno guia homeopático, que nunca penseipublicar.Recentemente, formei com outros homeopatas,a Associação Portuguesa Homeopatas Sem Fronteiras, tendo ficado responsávelpela área da formação. Preparei então, os apontamentos de que dispunha,contando com o precioso auxílio de meu filho Nuno Leonardo, especialista emMedicina Tradicional Chinesa e em Homeopatia, a fim de que, em forma desebenta, pudessem vir a ser utilizados como manual sintético, mas completo,do Curso Básico de Homeopatia, que aí ministramos.A Palola, médica angolana, minhacompanheira nos HSF, encetou contactos no sentido da sua publicação e se hoje édado à estampa, a ela se deve já que eu nunca o teria tentado.Optámos por não incluir exemplos, para alémde alguns meramente referenciais, quer de prescrição quer de repertorização quesão muitas vezes formulados para atingirem objectivos sem correspondênciaprática , provocando o leitor ao estudo de casos que conheça, enfrentandoreais dificuldades, que serão mais produtivas, que a verificação de similitudesevidentes, geradoras de falsas expectativas. No entanto, caso pretenda entrarem contacto imediato com a prática clínica, tem ao seu dispor os Clinical Cases do Professor James Tyler Kent veja http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Em momento inicial, para o estudo e práticada homeopatia aconselhamos que o estudante esteja munido, pelo menos, dasseguintes obras:- ORGANON versão original ou a versãoresumida;- REPERTÓRIO PRÁTICO DE SINTOMAS GERAISHOMEOPÁTICOS;- REPERTÓRIO PRÁTICO DE SINTOMASHOMEOPÁTICOS;- NOVO REPERTÓRIO CLÍNICO HOMEOPÁTICO;- A CURA PELA ISOPATIA;- MATÉRIA MÉDICA DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOSHOMEOPÁTICOS I E II;- WILLIAM BOERICKE HOMEOPHATIC MATERIAMEDICA I E II.Todas estas obras estão disponíveis paradownload em http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Acresce ainda a MATÉRIA MÉDICA DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS disponível em http://www.homeoesp.org/art_homeopatia.html
Quando possívele preferencialmente não devemos olvidar que o nosso livro tem a sua estrutura no que toca àrepertorização fundamentada no Repertório de Ariovaldo Ribeiro Filho , O Novo Repertório de Sintomas Homeopáticos,de Ariovaldo Ribeiro Filho, Robe Editorial, São Paulo, ou qualquer uma dasversões digitais do mesmo, bem como de Clarke, A Dictionary of Practical Materia Medica, disponível on-line em www.homeoint.org.
Evidentemente, nada obsta, sendo detodo aconselhável, que o leitor recorra às restantes obras e artigos citados nabibliografia por razões económicas poderá seleccionar aqueles que estãodisponíveis on-line.
A homeopatia é uma terapia, ditaalternativa ou complementar, que envolve uma economia de custos considerávelrelativamente aos custos da medicina alopática chegando a custar cerca devinte vezes menos e tem uma eficácia, em regra sem nocividade,demonstrada por quase dois séculos de prática clínica e de recente investigaçãocientífica, o que torna aconselhável a sua utilização, muito especialmentejunto dos mais desfavorecidos.É assim, uma Medicina, uma Arte euma Esperança.

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José Maria Alves http://www.homeoesp.org/livros_online.htmlhttp://www.josemariaalves.blogspot.pt/

Sem comentários: DOUTRINA HOMEOPÁTICA

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PRIMEIRA PARTE DO CURSO DE HOMEOPATIADOUTRINA HOMEOPÁTICA


NASCIMENTO DA HOMEOPATIA
Hahnemann, nasceu em Meissen a 10 deAbril de 1755, tendo-se formado em medicina no ano de 1779, profissão queexerceu durante vários anos.Traduziu e publicou diversas obras,que constituíram uma inestimável contribuição para a literatura médica daépoca, destacando-se o seu dicionário farmacêutico.
Considerando inaceitáveis os métodose a inoperância da medicina clínica[1],abandonou a sua prática em 1789, dedicando-se a traduzir obras médicasestrangeiras.Em 1790, quando traduzia a matériamédica de Cullen, faz a descoberta que o transformou no fundador da homeopatia.Cullen afirmava que a Cinchonaofficinalis Quina tinha propriedades tonificantes sobre oestômago, o que contrariava a experiência de Hahnemann, já que, quando adoeceude paludismo havia experimentado devido à sua ingestão alguns dossintomas característicos da gastrite. Desta forma, passou a auto-ministrardiariamente certa dose dessa planta medicamento , começando a sentirum quadro sintomático que compreendia: tremores, sede, acessos de febre,palpitações; enfim, todos os sintomas característicos das febres intermitentes.Considerando a sua própria experiência, anotou na margem da mencionada obra afrase: Substâncias que provocam uma espécie de febre, podem curar a febre.Com ela, lançou os alicerces da nova medicina e do seu princípio fundamental:Os semelhantes são tratados pelos semelhantes.Desta premissa, partiu para a experimentaçãode outras substâncias com resultados terapêuticos confirmados, como o arsénico,obtendo o mesmo tipo de resposta às questões que levantava. Concluiu então, queum paciente deve ser tratado com a substância capaz de produzir em qualquer organismosão, um quadro sintomático idêntico ao por si apresentado.Deste modo, Hahneman determinaexaustivamente o maior número de sintomas decorrentes da intoxicação provocadapela administração continuada duma dada substância[2].O conjunto de sinais e sintomasobtido é designado por Patogenesia da Substância.
Após inúmeras experimentações,publicou em 1810, o Organon da Ciência Médica Racional, que a partir de 1819,data da 2ª edição, recebeu o título de Organon da Arte de Curar. Considera-seeste, como sendo o livro basilar de todo o corpo teórico homeopático[3].Até ao ano de 1839 publicou aMatéria Médica Pura e o Tratado de Moléstias Crónicas.
A homeopatia é utilizadapraticamente em todo o mundo, existindo três escolas dominantes: Unicismo,Pluralismo e Complexismo. Embora as duas últimas Escolas resultem basicamentede toda a doutrina unicista única Escola puramente Hahnemaniana , amultitude de teorias aditadas aos conceitos básicos promoveu a sua adaptaçãoaos princípios da Medicina Ortodoxa. Existe quem conteste esta distorção dareal doutrina homeopática. De outra parte, defende-se a evolução necessária einelutável da homeopatia em detrimento da perpetuação do purismo exacerbado, quaseimpraticável na actualidade[4].Acreditamos, que em certa medida se podem equilibrar os pratos da balança,empregando os ensinamentos de uma ou outra Escola, em conformidade com aexperiência clínica do terapeuta. De qualquer modo, frisamos que a nossaabordagem clínica é fundamentalmente Unicista[5].Isto não quer dizer, que quer opluralismo quer o complexismo, não conduzam a resultados favoráveis eentusiasmantes. São muitos os práticos que o atestam e pacientes que oconfirmam.As nossas escolhas, não podem oudevem em caso algum, manifestar intolerância e compreensão deficiente deatitudes terapêuticas diversas.

FUNDAMENTO DA HOMEOPATIA
A homeopatia fundamenta-se numtrabalho de natureza científica com cerca de dois séculos, consequência dasinvestigações efectuadas por inúmeros experimentadores que ingeriramsubstâncias em dose não letal e registaram meticulosamente os sintomasproduzidos, e ainda de registos toxicológicos quadros sintomáticos obtidospela ingestão voluntária ou involuntária de substâncias, como o arsénico e observação de curas clínicas.Nascem assim as Matérias Médicas,que são numa definição simplista, registos de sintomas[6].Veja-se a titulo exemplificativo a Matéria Médica Sintética constante dasegunda parte deste livro.
Com o aumento incessante do númerode medicamentos experimentados, face às limitações humanas no concernente àmemória é praticamente impossível um homeopata dominar cabalmente asmuitas patogenesias descritas , realizaram-se Repertórios, índices desintomas, coligidos das Matérias Médicas ou da mesma forma que estas[7].Com mais de 1000 medicamentosdescritos nas Matérias Médicas, estas são forçosamente complementadas pelosRepertórios, que são índices de sinais e sintomas, organizados em capítulos,rubricas e sub-rubricas.
A medicina alopática[8]utiliza antídotos a diarreia é tratada com um medicamento que produzobstipação , enquanto que a homeopatia utiliza uma dose mínima dasubstância de modo a que a sua toxicidade seja eliminada , queprovoca o mal que se pretende tratar[9].
A homeopatia enfrenta e assume ocorpo na sua globalidade e os medicamentos têm a função de auxiliar o organismona auto-cura, significando isto que se trata o semelhante pelo semelhante doGrego homos/semelhante e pathos/sofrimento .
São três os grandes princípios dadoutrina homeopática: Similitude, Globalidade e Infinitesimalidade.

PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA

Princípio da Similitude
Foi Hipócrates, no séc. IV a.C.,quem teorizou a partir da observação, que a cura pode ser provocada quer pelalei dos semelhantes quer pela dos contrários. Hahnemann, na sequência daexperimentação de diversas substâncias[10]e após ter descoberto que a quina, que destrói a febre, a provoca no indivíduosão, concretizou o princípio normalmente referido como Similia SimilibusCurantur, ou seja, os semelhantes são curados pelos semelhantes.Os sintomas de uma determinadadoença são curados pela substância altamente diluída[11],que produz num corpo são, sintomas artificiais semelhantes aos da doença,quando administrada em dose ponderal[12].Toda a substância capaz de provocar determinados sintomas num indivíduo são,faz com que estes desapareçam num organismo doente.Não se trata de combater a doençacom a própria doença, mas com algo que se comporta da mesma forma que ela.
O simillimum representa semprea esperança de cura do paciente e é o medicamento onde os sintomas totaisapresentados pelo doente encontram correspondência na respectiva patogenesia[13].Este, pode denominar-se o simillimumperfeito.- António, apresentou-se a uma consulta homeopática queixando-se deacessos de asma, que começam por volta dameia-noite e duram normalmente até às três horas da manhã.Apósinterrogatório, manifestou ter um intenso medo da morte, principalmente quandoestá sozinho, que é mais evidente durante os acessos de asma e que agrava quasesempre entre a uma hora e as três horas da manhã. Tem medo de fantasmas,especialmente à noite, quando apaga a luz para dormir.Oseu estado psíquico sofre alterações bruscas: um dia está excitado e agitado,para no outro estar deprimido e melancólico. Estas modificações de humorsurgem, por vezes, no mesmo dia. Tomamedicamentos que lhe foram receitados pelo seu médico de família, mas estáconvicto de que nunca o irão curar.Éum indivíduo magro, de face marcadamente angulosa e pálida.Esteé nitidamente um tipo Arsenicum Album,de similitude perfeita veja-se nasegunda parte, em sede de Matéria Médica, as características de Arsenicum Album.
Por vezes[14],apenas uma parte do quadro sintomático é encontrada na lista de sintomas do remédiomais adequado disponível na Matéria Médica.-Beto tem sensações corporais estranhas. Por vezes sente-se desmaiar, o que fazcom que se levante da cama ou da cadeira onde está sentado para caminhar. Sentepalpitações intensas, que o levam a pensar que está à beira de um ataquecardíaco, facto que também o faz movimentar atabalhoadamente.Ficaapreensivo quando tem uma entrevista ou tem de participar em qualquer eventoque o afaste de casa e do seu círculo de acção normal. Em determinadas alturastem medo da morte e pensa que vai morrer. Chega mesmo a predizer o dia em queisso vai acontecer.Temmedo de andar sozinho, de sair de casa, de multidões.Tremoresda língua e das pernas e dores de cabeça terríveis, sempre que trabalha maisintensamente. Fica aliviado quando a amarra fortemente com um pano.Amaioria dos sintomas pertence ao quadro de Gelsemium, mas estão presentes outros, nomeadamente, de Argentum Nitricum e Aconitum Napellus.Segundo Hahnemann, este medicamentoimperfeito ou simillimum possível, deverá ser utilizado na falta de ummais perfeito[15],sem prejuízo de posterior reavaliação do caso clínico.
A experiência demonstra que se a leida similitude não for respeitada, os medicamentos homeopáticos são praticamenteineficazes.A doutrina Hahnemaniana é, como jáfoi aludido, unicista, porquanto é utilizado um único remédio para a obtençãoda cura, contrariamente ao que acontece com o pluralismo[16]e com o complexismo[17].Um terapeuta pluralista, no caso deBeto, poderia receitar os três medicamentos: Gelsemium, ArgentumNitricum e Aconitum. Já um complexista, optaria por váriosmedicamentos complexos para a prática do complexismo é de extremaimportância o conhecimento do Ordinatio Antihomotoxica et Materia Medica, dosLaboratórios Heel, Alemanha, existindo uma versão espanhola.
Na perspectiva do unicismo nãoexistem remédios equivalentes e portanto, não existem substitutos. Por outrolado, o homeopata não deve misturá-los, deixando à sorte a determinação doefeito a ser produzido no paciente[18].
O Repertório Homeopático, utilizadoconjuntamente com a Matéria Médica Homeopática assistirá o homeopata na buscada substância cuja patogenesia se identifique mais com o quadro sintomático dopaciente.-Carlos tem uma pele muito seca e doentia. Estão constantemente a surgirerupções escamosas, em vários locais do corpo. Tem prurido, que agrava com ocalor do leito.Éum idealista, cheio de teorias filosóficas, que julga inabaláveis.Nãogosta de tomar banho e quando o faz os seus padecimentos são agravados.Temdiarreia, por volta das 5 horas da manhã, o que o obriga a ir urgentemente àcasa de banho.Utilizando o Repertório HomeopáticoDigital de Ariovaldo Ribeiro Filho, destacamos os seguintes sintomas esteprocedimento só será entendido pelo leitor, quando se consagre ao estudo doRepertório e da Repertorização MENTAL FILOSOFIA devaneiosfilosóficos, grande inclinação aMENTAL LAVAR aversão a lavar-seRETO DIARREIA manhã 5 hPELE ERUPÇÕES - ESCAMOSASPELE PRURIDO aquecer-se cama,naPELE SECAGENERALIDADES BANHAR_SE, lavar-seagr.
Os 12 primeiros resultados porcobertura foram:1 sulph.; 2 phos.; 3 calc.; 4 rhus-t.; 5 sep.; 6 clem.; 7 psor.; 8 ant-c.; 9 mez.; 10 merc.; 11 kali-c.; 12 nat-m.(Nos Repertórios Homeopáticos osmedicamentos vêm citados por abreviaturas, devidamente identificadas nosinícios das obras).Comparando os resultados com aMatéria Médica, chegamos à conclusão de que o simillimum é Sulfur estamosnovamente perante uma similitude perfeita. Repertório e Matéria Médicacomplementam-se na pesquisa do medicamento curador.
O simillimum tem um poder decura quase extraordinário e podemos verificar que o doente lhe é extremamentesensível. Quanto mais perfeita for a similitude, como consequência da escolhacriteriosa do medicamento, mais susceptível será o doente aos seus poderescurativos.
Princípio da Globalidade
A Homeopatia encara o ser humano[19]duma forma global e este é estudado na sua totalidade.O homem é considerado em todas assuas vertentes. Ele é o medo, a tristeza, a ansiedade, a excitação sexual, aausência de libido, a astenia e a fadiga, as relações laborais, familiares,sociais, os distúrbios de memória, cognitivos, o sono reparador ou não, ainsónia, os sonhos, sensações, ilusões e delírios, a sede e o apetite, asfebres, dores de cabeça, estômago, as lesões orgânicas, os transtornosfuncionais, os transtornos e traumas recentes e/ou passados. Estes exemplosambientam-nos na globalidade do nosso ser e consciencializam-nos para o factode ser esta a totalidade que reage às agressões interiores ou externas.Encará-la como mera acumulação de partes isoladas é uma fuga à realidade com ointuito de facilitar a actividade terapêutica[20].É também em função dela, que é prescrito o simillimum.Em homeopatia não há doenças,só há doentes. Por isso, Hahnemann considerava uma verdadeira heresiaafirmar que damos determinado remédio nesta ou naquela patologia[21],como a Ipeca ou a Drosera para a tosse, a Ignatia para a distonia neurovegetativae Lachesis para os distúrbios damenopausa. O que se cura é o paciente com tosse, com distonia neurovegetativa ecom distúrbios menopáusicos e não a designação da doença. Praticar a homeopatianesta última formulação é confundi-la por identificação de métodos, com amedicina alopática.
Considerando o homem no seu centro,digamos impropriamente, na sua essência, nos chamados sintomas da imaginação[22],biopatográficos ou etiológicos[23],mentais[24]e gerais[25],pode ocorrer que o medicamento escolhido, não tenha presente na sua patogenesiaos sintomas locais[26].Caso isto suceda, não constitui um óbice à aplicação do medicamento, visto queo remédio que cura o doente faculta o desaparecimento dos sinais e sintomasparticulares.O organismo funcionando como um todo[27],pela acção do simillimum[28],restabelece o seu próprio equilíbrio, caminhando pela vereda da saúde.
Princípio da Infinitesimalidade
A infinitesimalidade é um coroláriodirecto e imediato da similitude.Os medicamentos homeopáticos sãoessencialmente utilizados em doses de altas diluições, por duas razõesfundamentais:
- Assubstâncias utilizadas em dose ponderal, podem nalguns casos apresentar um graude toxicidade capaz de maior ou menor agressão ao organismo do paciente, peloque, submetendo-as a diluições sucessivas anulamos os efeitos indesejáveis,enquanto a acção terapêutica se mantém;
- Quantomaior a diluição mais profundo e duradouro é o efeito do medicamento, e isto,desde que correctamente prescrito.
Hahnemann, para além de submeter assubstâncias medicamentosas a sucessivas diluições, dinamizou-as por intermédiode uma agitação vigorosa e rítmica.As principais doses altamentediluídas hahnemanianas , são as decimais e as centesimais[29].
Para a realização das sucessivasdinamizações, o prático ou o farmacêutico deve dispor de frascos novos,previamente lavados com água e secos posteriormente.Tratando-se de tintura mãe ousubstância líquida, coloca-se no primeiro frasco uma parte em peso daquela,completando-a com 99 partes de um veículo apropriado água bidestilada eálcool a 38 ou 40º -, agitando-se vigorosamente cem vezes. Esta diluição,seguida de dinamização, constitui a primeira centesimal (1ª CH). Desta 1ª centesimal, deita-se 1 mlnum outro frasco com 99 ml de excipiente. Agita-se igualmente 100 vezes eobtém-se a 2ª centesimal (2ª CH).Este processo repete-sesucessivamente quantas vezes forem necessárias para produzir a potênciadesejada.As decimais são obtidas pelo mesmoprocesso só que numa relação de 1/10.No que às triturações respeita, asubstância sólida é previamente reduzida a pó e triturada num almofariz,juntando-se-lhe lactose. A proporção das substâncias é calculada para que seobtenha uma 1ª centesimal ou decimal. A trituração é executada pelo menosdurante vinte minutos. Para obter a 2ª centesimal ou decimal, junta-se umaparte do triturado com 99 ou 9 partes de lactose e procede-se a novatrituração. O mesmo, para a obtenção da 3ª centesimal.De seguida, passa-se ao meiolíquido, procedendo-se como atrás se mencionou, já que todos os produtos sãosolúveis a partir da 4ª centesimal.
O remédio homeopático é o resultadode um produto inicial submetido a diluições sucessivas, acompanhadassimultaneamente de agitação e ritmo[30].Ocorre que, pelo menos teoricamente,entre a 9ª e a 12ª diluição centesimal hahnemaniana[31]se ultrapassa o número de Avogrado, ou seja, o medicamento deixa de possuirquaisquer moléculas da substância original. Assim sendo, alguma da comunidadecientífica não mostra quaisquer reservas na qualificação do medicamentohomeopático como se de um verdadeiro placebo se trate, contrariando aexperiência centenária de inúmeras gerações de práticos homeopatas.Podemos dizer que até à 12ª CHcoexistem as acções farmacológicas molecular e energética. A partir da 12ªCH, resta apenas a energética. Quanto mais dinamizamos um medicamento maisaumentamos a acção farmacológica energética. Quanto mais diluímos maisdiminuímos a acção farmacológica molecular.
Madeleine Bastide e FredericBoudard, procuraram demonstrar num trabalho denominado Investigação Científicaem Homeopatia[32],que esta é uma verdadeira ciência face à eficácia real das dosesinfinitesimais, mesmo quando já não contêm moléculas da substância inicial. Osestudos tendentes a demonstrar que o medicamento homeopático não é um placebo,têm vindo a multiplicar-se com conclusões absolutamente favoráveis.Não é por se desconhecerem os reaismecanismos pelos quais é veiculada a informação contida nos remédioshomeopáticos, que vamos negar a sua eficácia[33].O conhecido é uma pequena embarcação no oceano do desconhecido e nenhumamentira, sujeita a constante comprovação, pode sobreviver 200 anos, muitoespecialmente numa época em que tudo é posto em crise.

DOENÇA
A saúde configura-se como um estadode harmonia entre a mente e o corpo, estado esse que pressupõe o equilíbrio,quer das funções cerebrais, quer dos diversos órgãos.A doença na concepção de Hahnemann,é algo invisível. É um distúrbio da força vital[34]invisível.A doença que não tem necessidade deintervenção cirúrgica ou é aguda, crónica, por abuso de medicamentos ou pordeficientes condições de vida.
Muito antes da conceptualização daMedicina Psicossomática, aquele afirma que existem doenças psíquicas geradaspor doenças físicas[35]e moléstias orgânicas condicionadas pela persistência de ansiedades,aborrecimentos, irritações, injustiças, medos, mágoas e traumas, que em poucotempo podem destruir a saúde física[36].As doenças do homem físico, são asdo homem psíquico. Quanto mais forem as queixas físicas, mais doente estará oindivíduo. Se predominarem as queixas psíquicas, a terapêutica homeopática seráextraordinariamente eficaz impedindo que o paciente seja acometidoulteriormente por padecimentos orgânicos.
Na doença aguda, decorrendo da suaactualidade, os principais sintomas são facilmente individualizáveis,exigindo-se um pequeno esforço do homeopata e do paciente para se delinear oquadro clínico.Seleccionado e ministrado o correctomedicamento homeopático, a doença declinará imperceptivelmente, levando algumashoras se é de recente instalação ou mais tempo se for de longa duração[37],constatando-se primariamente a melhoria do estado mental[38].
Coabitação de doenças
Não deixa de ser frequente, que duasou mais doenças coexistam no mesmo organismo simultaneamente. Caso tal factosuceda, a força relativa das enfermidades é que determina qual prevalecerá.Na presença de duas doençasdistintas no mesmo organismo e sendo a mais antiga de força superior à que foicontraída recentemente, observar-se-á que a mais actual será repelida pelaoriginal[39].Caso a doença recentemente instalada tenha uma força superior à doença que járesidia no organismo, ocorrerá que a mais antiga permanecerá estacionária atéque a neoformada complete o seu curso natural[40].Resulta deste conceito que a Dinamis[41]não consegue curar uma doença com a instalação de uma outra diferente[42],mesmo de força superior. Somente nas circunstâncias em que ambas as doenças seassemelham na sua sintomatologia é que se experimenta a aniquilação mútua dasenfermidades[43].Dificilmente uma doença agudaconstituirá um quadro complexo com uma crónica. Aquela excluirá esta,temporariamente.
Iatrogenia
No seio das doenças crónicas surgeum grupo de enfermidades que tem aumentado no decorrer das décadas e que,infelizmente, se assumem como as mais graves e incuráveis das doenças de longaduração. Referimo-nos às doenças iatrogénicas, ou seja, aquelas que sãoproduzidas por acções médico-terapêuticas inadequadas.
Hahneman afirma ser praticamente impossívelproceder à cura de tais enfermidades, após estas terem ultrapassado certa fasedo seu quadro evolutivo[44].Mais à frente teremos em conta asdenominadas barreiras ou obstáculos produzidos por medicamentos alopáticos aopleno efeito dos medicamentos homeopáticos.

MIASMA[45]HAHNEMANIANO, DIÁTESE[46]OU DOENÇA HAHNEMANIANA CRÓNICA
Diátese é o conceito actual que alémde englobar a doença crónica resultante de acção miasmática a que se refereHahnemann, enquadra o conceito de modo reaccional patológico. Traduz-se assim,numa modalidade reaccional patológica específica dum indivíduo face a umaagressão patogénica indiferenciada. Crê-se actualmente que o conceito de miasmaHahnemaniano se encontra ultrapassado[47]devido ao facto de este não englobar uma série de factores etiológicos decarácter endógeno, nomeadamente a hereditariedade e a adaptação dos geneshumanos. Erradamente, esta perspectiva actual resulta de interpretaçõesrestritivas da obra de Hahneman[48].
Deve referir-se, que a remoção dasuperfície do organismo das manifestações de uma doença miasmática interna,deixando o miasma por curar, é a forma mais usual e prolífica de produzirdoenças crónicas[49].A doença crónica progride doexterior para o interior, do baixo para o alto e os sintomas desaparecem naordem inversa do seu aparecimento.
Hahnemann, constatou que algunsdoentes tratados convenientemente com o remédio simillimum:
- tinhamapenas leves melhorias;- tinhamrecaídas;- eramacossados por novas patologias[50].
Daqui deduziu que subjacente àpatologia aguda teria que existir uma crónica, que englobou em categoriasdiatésicas, verdadeiras disposições latentes, de causa hereditária ouadquirida, condicionantes do modo de reagir de um organismo, predispondo-o acontrair um certo número de doenças.Assim, os doentes cujas patologiasnão respondessem satisfatoriamente ao simillimum, deveriam serenquadrados naquelas categorias para efeitos de tratamento[51].Atente-se que a noção de doençacrónica, não foi unanimemente aceite. Homeopatas como Kent e Hering, não lheatribuíram grande importância, desenvolvendo todos os seus esforços natentativa de descoberta do simillimum aplicável às situações patológicasimediatas do paciente em observação.
Gibson Miller, aluno de Kent,sustentou a necessidade de serem administrados sucessivamente diversosremédios, com o fim das doenças crónicas atingirem a cura.
Se no decurso de uma doença crónicasurgir uma doença aguda banal, deve ser prescrito o remédio mais indicado, masem baixa dinamização, de forma a não interferir ou interferir o menos possívelcom a acção prioritária do remédio de fundo.
Hahnemannn individualizou trêscategorias:
- Psora[52];- Sicose[53];- Lues ouSífilis[54].
Pelos trabalhos de Nebel[55]e Vannier[56],incluem-se outras duas:
- Tuberculinismo[57];- Cancerinismo[58].
Existindo um número considerável deremédios diatésicos[59],o terapeuta terá de procurar nas suas patogenesias os sintomas do quadropatológico apresentado pelo doente e obtido com recursos que não se limitam aossinais recentes.É aqui de vital importância aanamnese e o simillimum terá de estender a sua acção, quer aos sintomasimediatos quer aos mediatos[60].Numa doença crónica, a totalidade dos sintomas, compreende os existentes desdeo nascimento, excluindo os que se apresentem como estruturadores de um quadroagudo.
Em regra, o simillimum terápropriedades de cura quer no agudo, quer no crónico, mas quando tal nãoaconteça, terão de se receitar sucessivamente vários medicamentos[61],em consonância com a reavaliação constante do paciente e da patologia.
É importante frisar que todos nóssomos polidiatésicos[62]e as diáteses devem ser tratadas na ordem cronológica inversa ao seuaparecimento: primeiro a mais recente, depois a(s) mais antiga(s).Se constatarmos uma determinadadiátese actual, a sua cura fará com que surjam os sinais da diátese ou diátesesmais antigas, que serão tratadas em ordem sucessiva com o respectivo simillimum,até ao desaparecimento integral de todos os sintomas.Cada paciente individualmenteconsiderado, exibe apenas uma parte total dos sintomas que constituem aextensão total da diátese[63],extensão esta que foi obtida pela observação de muitos pacientes acometidosdessa doença crónica[64].No domínio das diáteses, para alémdos medicamentos de referência ver nota nº59 , crê-se que exerçam umpapel fundamental os nosodos[65],policrestos de acção quer geral, quer local Psorinum, Medorrhinum,Luesinum, Tuberculinum e Carcinosinum .No contexto da nota 59, referimos omedicamento constitucional de cada uma das diáteses:
Psora Calcarea Carbonica;Sicose Calcarea Carbonica;Lues - Calcarea Fluorica;Tuberculinismo Calcarea Phosphorica.
As constituições[66]carbónica, fosfórica e fluórica, que são uma constante dos indivíduos, foramestudadas por Nebel[67]e são determinadas pela observação do esqueleto e da forma do corpo.O carbónico apresenta formasarredondadas e o antebraço apresenta na posição de repouso, relativamente aobraço, um ângulo inferior a 180º.O fosfórico é um longílineo, grandee magro. O antebraço está exactamente no prolongamento do braço.O fluórico é um longílineo oubrevílineo, com o rosto e o corpo dissimétricos, decorrentes de deformaçõesesqueléticas. Os dentes estão mal implantados. O antebraço apresentarelativamente ao braço, um ângulo superior a 180º.
Expomos a seguir, ainda quesumariamente, os principais sinais e sintomas das várias diáteses, de forma aque o homeopata possa expeditamente subsumir-lhes o quadro clínico apresentadopelo doente sujeito a observação[68].
PSORA
A psora resulta na sua baseconceptual Hahnemaniana, das sarnas cutâneas. Estas abundavam na época eencontravam-se mal definidas clinicamente. Deste modo, a psora não resultaexclusivamente da sarna mas também de toda uma série de enfermidadesdermatológicas eczemas, dermatoses, dermatites, micoses, etc. . Este grande miasma, comporta assimuma componente cutânea, seja ela adquirida ou congénita.
Etiologicamente, a psora pode serfruto dos seguintes factores:
- Afecçõesdermatológicas suprimidas não é infrequente que uma patologia crónica desteforo, seja aparentemente curada por aplicações tópicas ou sistémicas alopáticase que resulte posteriormente em manifestações psóricas. Qualquerpatologia dermatológica de marcada extensão, constituirá potencialmente uma fontede psora.- Osneo-alérgenos e a sua proliferação.- Assobrecargas alimentares incluindo os consumos exacerbados de açúcares egorduras animais.- Ahereditariedade.
No que respeita ao quadrosintomático e de sinais clínicos psóricos:
- Dermatologicamenteapresentam-se manifestações mais ou menos intensas do miasma psórico. O simplesprurido é um sintoma da psora.- Sintomatologiarespiratória, crónica, alternada e com periodicidade. - Termoregulaçãoalterada.- Apresença de sintomatologia pertencente ao aparelho digestivo. Obstipação,funcionamento intestinal comprometido, desejo de açúcares e alterações doapetite.- Todas assecrecções e excrecções apresentam um odor forte e desagradável.- Problemasdas faneras, especialmente das unhas.- Problemasginecológicos prurido vulvar, leucorreias nauseabundas e irritantes, SPDM[69].- Propensãoa parasitoses.- Asteniae tristeza exacerbadas.
Reaccionalmente o psóricocaracteriza-se por:
- Inflamaçõescutâneas.- Metástasesmórbidas.- Esgotamentoreaccional.
Modalidades:
- Agravapelo frio ou pelo calor.- Agravamentocom o tipo de Lua cheia, nova, quarto minguante .

SICOSEA sicose resulta da evolução crónicade uma gonorreia. O conceito de sicose além de se enquadrar no quadropatológico da blenorragia, ultrapassava os seus limites e englobava qualquertipo de tumoração benigna.
No plano etiológico o sicótico sofrepor:
- D.S.T (DoençasSexualmente Transmissíveis).- Polivacinações.- Terapêuticasimunossupressoras.- Hereditariedade.
Os principais sinais e sintomasclínicos são:
- Corrimentosgenitais.- Diarreiasde cor esverdeada.- Sudaçãoexacerbada.- Exsudaçãorinofaríngea e do aparelho respiratório.- Neoformaçõescutâneas.- Tumoraçãovolumosa, lenta, regular e benigna.- Aumentode peso.- Ruminaçãode pensamentos, angústia e mau humor. - Quadrosfóbicos, v.g. o receio de neoplasias. - Ideiasfixas e sensações corporais bizarras.- Agravamentodas enfermidades pela humidade, especialmente pelo frio húmido.- Doresarticulares.- Ingestãoexagerada de chás.
Reaccionalmente o miasma sicóticoevolui:
- Inflamação.- Exsudação.- Neoformação.
Modalidades
- Agravamediante todas as formas de humidade.- Máreacção à vacinação.- Agravapor certos alimentos chá, café, cebola .- Melhoracom a secura e o calor.- Melhoracom eliminações líquidas.
LUETISMO OU MIASMA SIFILÍTICO
Hahneman descreveu-a originalmentecomo sífilis visto resultar etiologicamente de uma infecção pelo TreponemaPallidum. A Lues como é conhecida actualmente reflecte a evolução de uma doença pelochamado cancro duro.
Na etiologia da Lues encontramos:
- Asífilis.- Oalcoolismo.- Tabagismointenso.- Patologiasamigdalofaríngeas por estreptococo beta-hemolítico do grupo A. - Oschamados Grandes Dramas guerra, fome, miséria.
Patologicamente a Lues cobre:
- Os rins.- A boca ea garganta.- Ossos earticulações.- Asescleroses neurológicas.- Oaparelho cardiovascular.
Sinais e sintomas da Lues:
- Instabilidadede carácter com distúrbios da actividade e agitação.- Condutasobsessivas.- Insónias.- Exacerbaçãodas secrecções que atinge os diversos aparelhos.- Algiasósseas insustentáveis.- Ulceraçõesassociadas aos diferentes aparelhos.- Progressãoregular da hipertensão arterial severa.- Varizese úlceras varicosas.- Amigdalites,anginas recidivantes e repetidas, parodontoses.- Dissimetriasmorfológicas evidentes.
Modo reaccional:
- Inflamação.- Ulceração.- Esclerose.
Modalidades:
- Agravamentogeral de todas as patologias à noite.- Melhoriageral na montanha.

TUBERCULINISMO
Esta é uma diátese actual,identificada por Nebel e Léon Vannier. É fruto da tuberculose e os seus órgãosalvos são os respeitantes ao aparelho respiratório.
Etiologia tuberculínica:
- Tuberculose.- Infecçõespulmonares severas.- Aumentode pneumoalérgenos actuais.- Colibacilosesurinárias recidivantes.- Vacinastuberculinizantes em tipos sensíveis.
Fisiopatologicamente a diátesetuberculínica cobre:
- Osaparelhos cardiovascular, genitourinário, respiratório, gastrointestinal.- Afecçõesrenais.- Problemasosteoarticulares.- Enfermidadesdermatológicas.- Disfunçõeshepáticas.
Principais sinais e sintomas dadiátese tuberculínica:
- Sensibilidadereactiva aumentada a todas as agressões do aparelho respiratório.- Insuficiênciarespiratória.- Desmineralizaçãoglobal dores dorsais frequentes, magreza apesar do apetite voraz,esgotamento físico e intelectual rápidos, agitação permanente.- Variaçãoextrema de todos os sintomas, sejam físicos ou mentais.- Cefaleiasfrequentes.- Apetiteintenso.- Disfunçõescardíacas hipotensão, taquicardias, precordialgias .- Diarreiasfáceis.- Hipersexualidade.- Fluxomenstrual abundante.- Algiasarticulares.- Congestãovenosa periférica.- Sudaçãoprofusa.- Cistalgiase cistites frequentes no sexo feminino.- Tossefraca e frequente.- Tendênciahemorrágica.- Ataquesfebris inesperados.
Evolução reaccional:
- Inflamaçãopulmonar.- Esclerosepulmonar.- Esgotamentorápido.

CANCERINISMO
Esta diátese é fruto de estudosrecentes e caracteriza-se como um modo reaccional que pende sobre o risco daoncogénese.
Os factores etiológicos que assistemao cancerinismo são:
- Ahereditariedade.- Aiatrogenia.- Osvírus.- Apoluição atmosférica.- O desregramentoalimentar e os carcinógenos químicos presentes na alimentação.- O stressemocional.
Como principais sinais e sintomasclínicos desta diátese temos:
- Propensãoà formação de nódulos inflamatórios próstata, gânglios, útero, cólon,seios.- Doresque queimam, lancinantes, repetitivas localizadas nos processos inflamatórios.- Falênciada energia vital fadiga e tristeza profundas, emagrecimento lento, frioexcessivo.- Alteraçõesdo aparelho digestivo ardor e sensação de queimadura na boca, ardor noestômago, dores que queimam e câimbras abdominais, hemorróidas permanentes.- Afecçõespulmonares, renais e geniturinárias.- Alteraçõesde monta na pele.
Modo reaccional:
- Inflamação.- Multiplicação.- Disseminação.
Modalidades:
- Agravapelo frio, pelas alimentações excessivamente ricas e por um esforço mentalexcessivo e constante.- Melhoracom um clima ameno e temperado, alimentação desintoxicante e pelo repouso.
Expostas as diáteses homeopáticas,fazemos um reparo a respeito da sua utilização na prática homepática.Efectivamente, a sua importânciaclínica não deve ser descurada de modo algum, mas o modo como se efectua aterapêutica nalguns casos conhecidos deixa muito a desejar. A prescrição denosodos ou de qualquer remédio diatésico deve ser sempre precedida por umestudo profundo, que tome em linha de conta as leis da similitude.

SINTOMAS
Os sintomas expressam as tentativasdo organismo em se curar a si próprio.Em homeopatia há que distinguir osinerentes à própria doença, dos sinais ou condições que pertencemcaracteristicamente ao doente enquanto indivíduo.Pode acontecer, que um determinadomedicamento cubra todos os sintomas da doença[70]e não seja o escolhido como simillimum, perante a falta decorrespondência com as condições gerais do paciente.[71]Como já se mencionou, em homeopatianão existem doenças, só doentes. Não é o reumatismo, a depressão, a ansiedade,a artrite ou a enxaqueca que são curados, embora se vise a supressão dasintomatologia associada à patologia de que se padece. Cura-se sim, o pacienteque sofre de artrite, reumatismo ou enxaqueca[72].Nesta perspectiva, os sintomas característicos do paciente[73]são mais importantes que os sintomas e sinais da doença.
O que caracteriza no essencial umindivíduo são as suas características mentais, aversões e desejos, comportamento e reacção aos elementosnaturais.Hahnemann, percebeu que os sintomasimportantes são os característicos, peculiares, raros, raríssimos, repetitivose inexplicáveis. Incluem-se ainda os sintomas mentais que também podem sercategorizados mediante as premissas acima referenciadas , que deverão sersempre utilizados para a selecção final do medicamento[74].Os sintomas que nos devem guiar naescolha criteriosa do simillimum, são os individualizantes do doente,que devem ter correspondência na patogenesia do medicamento.
- Ossintomas característicos, individualizam ou caracterizam o paciente no âmbitoda totalidade sintomática, estando geralmente associados a modalidades demelhoria ou agravamento.
- Ospeculiares são sintomas característicos, específicos de alguns medicamentos ex.: o medo da morte com agitação entre a uma e as três horas de ArsenicumAlbum, de apoplexia ao anoitecer de Pulsatilla ou do próprio doente e doseu caso clínico ex.: febre alta sem sede, calafrio com sede de água fria.
- Osraros, como o próprio nome indica, só muito raramente se verificam e norepertório são constituídos por rubricas com um número igual ou inferior a trêsmedicamentos medo de passar por esquinas: Argentum Nitricum eKali-Bromatum.
- Osraríssimos, também denominados Keynotes, encontram-se em rubricas com apenas ummedicamento[75] a sensação como se o corpo fosse frágil, de vidro, de Thuya.
São estes os sintomas que ohomeopata deve investigar escrupulosamente no paciente[76]e que quando presentes, são determinantes para a escolha do medicamento, claroestá, com sujeição prévia a uma hierarquização[77].A prescrição sobre a totalidade dossintomas, não corresponde à prescrição sobre todos os sintomas. É essencialisolar o maior número possível de individualizantes, que nos conduzam ao simillimum.Pode dizer-se em síntese, que ossintomas característicos, peculiares, raros e estranhos ou absurdos, são os quedefinem o paciente e os que em regra mais atraem a nossa atenção, podendoconduzir ao esclarecimento por via diferencial, do resultado obtido por via doestabelecimento da Síndrome Mínima de Valor Máximo[78].Alguns autores, nomeadamente Séror,consideram um bom sintoma ou sinal o que pode ser encontrado num organismovivo, mas não num cadáver: uma úlcera ou fractura é visível num ser desprovidode vida, mas o medo da morte ou da multidão, não. Os primeiros são deimportância secundária, enquanto que os segundos assinalam a manifestação davida através da matéria. Por outro lado, um sintoma explicável é um mausintoma: uma criança que tem aversão a doces porquanto produtores de enormesdores dentárias. Um sintoma inexplicável, como desfazer-se em lágrimas semsaber porquê, é manifestamente um bom sintoma. Na mesma hierarquia devemoscolocar os inconscientes, v.g., as múltiplas manifestações do sono.
Ossintomas mais comuns e indefinidos, tais como tristeza, ansiedade, medo, perdade apetite, sono agitado, desconforto, cefaleias, não merecem em especial anossa atenção, porque são observados em quase todas as doenças e elencam oquadro sintomático de grande número de medicamentos.
Ossintomas gerais, que respeitam ao corpo na sua integralidade, têm um valorsuperior aos locais. Um só sintoma geral, bem marcante, é mais importante que oconjunto de locais ou particulares.Quando odoente fala na primeira pessoa do singular, podemos estar quase certos que serefere a um sintoma geral: eu tenho frio; eu tenho sede.
Por outrolado, a importância dos sintomas mentais não pode ser descurada. Os maisimportantes são os que manifestam a vontade e a afectividade do paciente.Depois, vêm os relativos à inteligência, seguidos pelos atinentes à memória.
Há sempreque reconhecer quais os sintomas comuns à doença e os que são característicosdo doente, estes sim de vital importância.

Interrogatório e ExameHá que identificar a totalidade dossintomas do paciente de forma a conseguir a sua remoção, o que equivale àdestruição integral da causa da doença[79].Esta identificação consegue-se porintermédio do seu exame.

Segundo Hahnemann:
- Opaciente fornece uma história detalhada dos seus padecimentos[80].O homeopata anota tudo, iniciando um novo parágrafo a cada sintoma relatado[81],evitando interrompê-lo ( 84 e 85 do Organon).
- Atendeentão a cada sintoma em particular obtendo informações mais precisas[82],sem que formule questões de forma sugestiva ou que possam ser respondidas comum simples sim ou não ( 86 e 87 do Organon).
- Se nospadecimentos voluntariamente mencionados, houver lacunas sobre várias partes,funções do organismo e estado mental[83],o homeopata deve questionar o paciente no que a tal respeitar ( 88 doOrganon).
- Deverátambém anotar tudo o que observar no doente ( 90 do Organon).
- No casode doença crónica[84],há que reconhecê-la na sua forma original, devendo para tanto o doente serprivado por alguns dias dos medicamentos que toma, procedendo-se à anotaçãocuidada das mais pequenas peculiaridades ou sintomas mínimos ( 91 e 95 doOrganon).
- Nasdoenças agudas, não obstante o homeopata tenha de inquirir menos, porquanto ossintomas estão bem presentes na memória do enfermo, deverá ser feito um quadrocompleto da doença ( 99 do Organon).

O nosso modelo de interrogatório foiidealizado visando uma repertorização breve e o mais exacta possível. Durante o interrogatório devem sersempre tomadas em consideração:As modalidades que provocam, agravamou melhoram os sintomas, alternâncias ou concomitâncias sintomáticas, todos osfactores subjectivos e sensações associadas à doença ou ao próprio pacientecomo entidade global, a lateralidade, horários de agravamento e melhora e osfactores etiológicos que geraram a morbicidade do quadro[85].
A anamnese compreende um períodoprévio em que o paciente mencionará a sua queixa principal e relatará mesmo queparcialmente, a história pregressa da doença.
A todo o momento, o homeopata deveatentar nas características peculiares e únicas do seu paciente. Desde omomento em que entra no consultório até à sua partida, o homeopata temobrigação de constatar todo e qualquer sinal pertinente para a procura domedicamento correcto[86].
No que respeita às fases da anamnese[87]numa consulta de homeopatia:
Queixaprincipal ou relato da história individual[88].
O pacientedeve apresentar uma história o mais detalhada possível da doença.Sepossível, deverá referir os factores etiológicos ou biopatográficos[89].Procederáà descrição do quadro sintomático.
Interrogatório[90].
Compreende uma série de passos que ohomeopata poderá seguir ou não, dependendo da sua experiência clínica ou atémesmo da sua predilecção por um outro modelo de questionário. Não é forçoso queo bom interrogatório seja tal qual aquele que demonstramos. Pelo contrário,este modelo de interrogatório é meramente indicativo de como se poderáprocessar o questionário aplicado à clínica homeopática.O questionário que apresentamosdepende directamente da estrutura do Repertório Homeopático de AriovaldoRibeiro Filho, que tem por base o deKent.
Dados pessoais
Aqui, incluem-se todos os dadospessoais do paciente tais como: nome, idade, profissão, agregado familiar, etc[91].
Fase interrogatória.
Sobre amente e as ilusões.Sobre osono e os sonhos.Cabeça epescoço.Olhos evisão.Ouvidos eaudição.Nariz.Face.Boca,paladar e dentes.Apetite,bebidas e alimentícios.Garganta,garganta externa.Laringe etraqueia.Tórax,peito.Aparelhorespiratório, respiração.Tosse.Expectoração.Costas.Aparelhocardiovascular.Abdómen eestômago[92].Reto.Rins ebexiga.Excreções(urina e fezes).Genitais.Pele.Aparelholocomotor.Sistemanervoso.Transpiração.Dor.Generalidades[93]
Interrogatóriosobre os antecedentes do paciente.
Antecedentesfamiliares[94].Antecedentespessoais[95].Antecedentesginecológicos[96].
Inspecçãoou exame.
Sinaisvitais[97].Aspectogeral[98].Reavaliaçãoe consolidação, a posteriori, por intermédio do exame, dos dados obtidosna fase de interrogatório[99].

O REPERTÓRIO HOMEOPÁTICO
Hahnemann entendeu desde osprimórdios da sua prática clínica e científica, face ao desenvolvimento ealargamento da matéria médica homeopática, consubstanciada no aumento dassubstâncias experimentadas, a necessidade de criação de repertórios que seconstituíram como índices de sintomas coligidos a partir de registos toxicológicos v.g. a intoxicação voluntária ou involuntária pelo arsénico ,experimentações em voluntários aparentemente saudáveis que começaram porser os próprios homeopatas[100]- e curas comprovadas pela prática clínica.Estes repertórios, prosseguem adescoberta do simillimum eespelham a impossibilidade do ser humano, atentas as suas limitações, dememorizar todos ou a maior parte dos sintomas das ditas Matérias Médicas.
De Hahnemann[101] a Kent[102], foram publicados inúmeros repertórios destacando-seos de Boenninghausen[103] - The Repertory of Antipsorics (1832);Repertory of the Medicines wich are not Antipsorics (1835); TherapeuticPocket Book (1845) , de Jahr New Manual of Homeopathic Practice(1841) , de Lippe Repertory of the more characteristics Symptoms ofthe Materia Medica (1880) , de Hering Analitical Repertory (1881) e Gentry The Concordance Repertory of the Materia Medica (1890).
Em 1887, Kent fazia publicar o Repertoryof the Materia Medica com 540 medicamentos citados, podendo dizer-se, semexagero, que está na origem de todos os repertórios actualmente utilizados.Os capítulos desta obra, formam 37secções v.g. 1 - Mente; 2 - Vertigem; 3 - Cabeça; (...); 32 - Sono; (...); 37- Generalidades e alguns são subdivididos anatomicamente - v.g. Cabeça:Fronte; Lados; Occipital; Têmporas e Vértice. Os medicamentos surgem pontuados de1 a 3, isto de acordo com a sua eficácia e confirmação na génese patogénica.As referências cruzadas presentes naobra, destinam-se a prevenir interpretações erróneas dos sinais patológicosexpressos pelo paciente, isto, ao remeterem para rubricas sinónimas asexpressões ou palavras que este emprega.
Além destes, não podemos deixar denos referir ao Clinical Repertory de John H. Clarke (1853-1931), autor de umaMatéria Médica que demorou dezasseis anos a concluir e que se apresenta comouma das mais importantes para o estudo e prática da Homeopatia[104].
Após longos anos de intensotrabalho, Ariovaldo Ribeiro Filho,publicou em 1996 o Novo Repertório de Sintomas Homeopáticos, estruturado nosprincípios do de Kent.Esta obra, com 1201 páginas e 1611medicamentos citados, é composta por 42 capítulos:
Mental.Ilusões.Vertigem.Cabeça.Olhos.Visão.Ouvido.Audição.Nariz eOlfacto.Face.Boca.Paladar.Dentes.Garganta.Gargantaexterna.Estômago.Bebidas eAlimentícios.Abdómen.Recto.Fezes.Bexiga.Rins.Próstata.Uretra.Urina.GenitaisMasculinos.GenitaisFemininos.Laringe eTraqueia.Respiração.Tosse.Expectoração.Peito.Costas.Extremidades.Unhas.Sono.Sonhos.Calafrio.Febre.Transpiração.Pele.Generalidades.
Aos 37 capítulos do Repertório deKent, Ariovaldo fez acrescer cinco Ilusões; Paladar; Bebidas eAlimentícios; Sonhos e Unhas , originários, respectivamente, doscapítulos: Mental, Boca, Estômago e Generalidades, Sono e Extremidades[105].Os capítulos estão divididos emrubricas letra maiúscula em negrito e estas: na primeira sub-rubrica,segunda sub-rubrica, terceira sub-rubrica, quarta sub-rubrica, quinta sub-rubrica,sexta sub-rubrica (sem sinal).
Os períodos do dia têm a seguintesignificação horária:
Manhã 5 às 9h.Antes do Meio-Dia 9 às 12h.Tarde 13 às 18h.Anoitecer 18 às 21h.Noite - 21 às 5h.
Estão descritas inúmeras referênciascruzadas (Ver... ou ÄVer...), cuja função é a de auxiliaro homeopata na escolha do sintoma e do medicamento correcto, face à afinidade,sinonímia ou analogia de algumas expressões comumente utilizadas.
As abreviaturas mais usadas são:
agr. agravação.melh. melhora.av. aversão.des. desejo.
Os medicamentos citados foramdivididos em três graus diferentes:
- Grau I em negrito com valor de três pontos. Sintoma registado pela maioria oupor todos os experimentadores, confirmado em diferentes grupos de experimentaçãoe cuja eficácia foi comprovada na cura de casos clínicos.- Grau II em itálico com valor de dois pontos. Sintoma registado por uma partedos experimentadores e comprovado na clínica.- Grau III em estilo romano com valor de um ponto. Sintoma apresentado por um oumuito poucos experimentadores.

REPERTORIZAÇÃO
A repertorização é o modo pelo qualo homeopata, transformando a linguagem do paciente no que aos sintomas do casorespeita, em linguagem repertorial, obtém um maior ou menor número demedicamentos ordenados por cobertura ou pontuação.A repertorização é meramentesugestiva. Ela indica-nos um conjunto de substâncias que se podem assumirpotencialmente como semelhantes do caso. Mas a decisão caberá sempre em últimainstância, à comparação por diferencial, da totalidade sintomática com aspatogenesias descritas nas Matérias Médicas.
É fundamental entender-se que aprescrição só será correcta e coroada de sucesso se o homeopata estiverhabilitado a destrinçar os sentidos de rubricas similares ou quase similares.Para tal, deve ler amiúde as rubricas do Repertório, percorrendo-o sem qualqueroutra intenção que não seja conhecê-lo. Este manuseio atento, permitir-lhe-á eminúmeras situações, realizar uma cuidada repertorização, com sintomas bemdefinidos e modalizados, preservando a linguagem empregue pelo paciente,limitando a utilização de sinónimos repertoriais que se susceptibilizem dealterar o sentido ao relato que o paciente fez durante a anamnese. Devemos sempre procurarcertificar-nos que a expressão utilizada pelo doente, tem integralcorrespondência com os termos repertoriais. As rubricas demasiadamentegenéricas, com um número muito elevado de medicamentos[106]ou aquelas que apresentam muito poucos[107],devem ser evitadas dado poderem, respectivamente, exacerbar ou restringir aamplitude da pesquisa[108].Atente-se que nasdoenças agudas, havemos de valorizar primordialmente os sintomas mais recentes[109],enquanto que nas crónicas são valorizados os mais antigos e repetitivos, semolvidar, obviamente, o critério da peculiaridade dos sintomas.
Apontamos deseguida, sumariamente, os métodos de repertorização mais utilizados:
- RepertorizaçãoMecânica ou por Extenso;- Repertorizaçãocom Sintoma Director;- Repertorizaçãofundamentada na Síndrome Mínima de Valor Máximo.
Repertorização Mecânica ou porExtensoNeste método, identificam-se todos ossintomas do paciente tabulação completa da totalidade sintomática comopreconizava Boeninghausen , sem que se recorra a qualquer valoração ouhierarquização.Repertorizam-se os sintomas e no finalprocedem para o diferencial na Matéria Médica os dez ou doze primeirosmedicamentos que resultaram da actividade repertorial estes podem ter sidoobtidos por cobertura e/ou pontuação[110].De qualquer modo, para efeitos dediagnóstico diferencial, não devem ser descurados os sintomas característicos,peculiares, raros e raríssimos.Este, é considerado por muitos o método derepertorização mais falível, por beneficiar os medicamentos policrestos.
Repertorização com Sintoma Director[111]
Este método compreende duas fases:A primeira, implica que se escolha umsintoma bastante característico e marcante ou chamativo do caso clínico. Comojá foi mencionado, a rubrica referente ao sintoma não deve ultrapassar osoitenta nem possuir poucos medicamentos.[112]A repertorização cingir-se-á aosmedicamentos apresentados pelo Sintoma Director. Destes medicamentosescolhem-se os de maior pontuação.Numasegunda fase, procede-se à repertorização de outros sintomas marcantes que dependerãodirectamente dos resultados obtidos da análise do S.D. A escolha destessintomas não depende de qualquer pressuposto hierárquico. Neste momento daactividade repertorial, o critério de selecção do medicamento deixará de serexclusivamente a pontuação passando a ser também a cobertura, já que seincluíram vários novos sintomas.Na fase final da repertorização, serãolevados ao diferencial da Matéria Médica os dez ou doze medicamentos que tenhamtido maior pontuação. Repertorização Fundamentada na SíndromeMínima de Valor Máximo
É denominado como método artístico. Escolhem-se de 3 a 5 sintomas, devidamentehierarquizados, caracterizadores da individualidade do paciente, em rubricascom um número médio de medicamentos 50 a 80.Neste tipo de repertorização não se atendeà pontuação mas sim à cobertura efectuada pelos medicamentos. O medicamentoseleccionado, é aquele que por cobertura, engloba a totalidade ou a maiorquantidade dos sintomas seleccionados.A parte consideravelmente mais difícil destemétodo, é a fixação da S.M.V.M. selecção dos sintomas maisindividualizantes e representativos do caso.
Pode-se efectuar uma variação sobre estemétodo, que compreende a utilização dos medicamentos resultantes darepertorização como sintomas directores aos quais vão ser aditados outrossintomas apresentados pelo paciente para ulterior análise repertorial. Trata-senada mais do que a combinação do método de Repertorização pela S.M.V.M com ométodo de Repertorização com Sintoma Director[113].
EXPERIMENTAÇÃO
As Matérias Médicas têm por principal fontea experimentação[114]. Os efeitos mais característicos dosmedicamentos, para serem correctamente obtidos, foram desde Hahnemannadministrados experimentalmente em indivíduos sãos e em doses moderadas[115],para além das experimentações próprias dos homeopatas que com liberdade deespírito e apurada sensibilidade as efectuaram no seu corpo[116].Pode assim dizer-se que as Matérias Médicasnascem dos testes de medicamentos realizados em organismos sadios. Em pessoasdoentes ou fragilizadas, as alterações de saúde inerentes a cada medicamento,misturar-se-iam com os sintomas da doença, originando confusão, falseando osresultados e os verdadeiros efeitos patogénicos[117].
Hahnemann ressaltava que a investigação datotalidade ou quase dos poderes medicinais das substâncias, passavapela ingestão em jejum de 4 a 6 glóbulos da trigésima potência peloexperimentador, humedecidos com um pouco de água, mantendo-se este regimedurante vários dias[118].A utlilização da 30ª CH na experimentação,é uma escolha criteriosa, já que os sintomas se estruturam numa realidadeenergética, não molecular.Para obter a patogenesia do medicamentopode utilizar-se a dose glóbulos 1 gr. de glóbulos constituídos por umaparte de lactose e duas de sacarose, impregnados pela substância a experimentar ou partir de 2 a 5 grânulos ou gotas , aumentando um grânulo ougota por dia até ao aparecimento dos sintomas, mantendo o experimentadorem observação por um ou dois meses.Este, submetido a uma rigorosa dieta[119]e a uma inactividade psíquica propícia à auto-observação[120],deve anotar todos os sintomas na ordem do seu aparecimento [121],descrevendo-os na sua linguagem e sem recorrer a justificações, comparações ouinterpretações.Preferencialmente e quando possível, devemodalizar os sintomas, sendo advertido que a dose subsequente pode curarsintomas causados pela dose anterior ou desenvolver um efeito oposto ao desta daí a importância da anotação sequencial.Na experimentação, verificamos que alguns sintomassão obtidos na totalidade ou em quase todos os indivíduos, outros apenas numaparte e por fim, aqueles que surgem num ou em raros experimentadores[122].Estes últimos experimentadores são os idiossincrásicos ou aqueles queapresentam sintomas obtidos em raros organismos sadios[123].
MATÉRIA MÉDICA
AMatéria Médica é um registo de sintomas, contendo o resultado dasexperimentações em organismos sãos, dos envenenamentos voluntários ouinvoluntários e da prática clínica, sendo complementar do Repertório na medidaem que é auxiliada por este na escolha final do medicamento.Nela vamos encontrar as alterações de saúdee os sintomas produzidos por uma dada substância, sendo essencial o seuconhecimento para a prática da homeopatia[124].A repertorização sugere-nos algunsmedicamentos que vão ser sujeitos a uma análise diferencial nas MatériasMédicas , com o intuito da descoberta do simillimum.As Matérias Médicas a consultar nesta sede,não devem ser inferiores a três de modo a que o conteúdo de uma complemente aslacunas de outra.Grosso modo, as Matérias Médicas dividem-seem três tipos:
- Puras.- Semi-Puras.- Clínicas.
Nas primeiras, os sintomas de cadamedicamento são relatados na linguagem própria do experimentador[125].Nas Semi-Puras, para além destes, estãodescritos elementos relativos à observação clínica do autor[126].Por último, nas Clínicas, domina aobservação clínica do autor, sendo utilizadas expressões próprias deste e nãodo experimentador[127].Clarke, um dos maiores homeopatasanglófonos, cuja matéria médica se consubstancia como uma autoridade inequívocae essencial, referia que o conhecimento preciso da sintomatologia de Sulphur,Lycopodium, Calcarea, Arsenicum, Thuya, Aconitum, Nux Vomica, Pulsatilla,Silicea, Hepar, China, Belladona e Bryonia, habilitava o prático a tratar comsucesso a maioria dos casos que encontrasse[128].

TRATAMENTO
Hahnemann escreveu que para um tratamentoconveniente, após anotação dos medicamentos por cada sintoma apresentado pelopaciente, devemos ser capazes de distinguir aquele que cobre a maioria dossintomas, especialmente os mais peculiares e característicos[129].Seleccionada após comparação na MatériaMédica, deve ser a substância que mais semelhanças apresenta com a totalidadedo quadro clínico que se nos depara.Na falta do medicamento perfeito, deve serministrado o imperfeito[130].Sendo frequente, que a similitude não sejatotal, não se pode esperar que a cura seja total e isenta de perturbações. Nodecorrer do uso do simillimum imperfeito, poderão surgir sintomasacessórios não observados previamente na doença[131].De qualquer modo, isto não impede que parte da enfermidade não seja debeladapelo medicamento. Persistirão somente os sintomas não cobertos pelo medicamentoe aqueles que surgiram acessoriamente assumirão um carácter moderado, sempreque a dose do medicamento não seja exagerada.
Caso surjam efeitos acessórios importantesdurante a acção de um medicamento imperfeito, não se permitirá que a acçãodeste se extinga. Pelo contrário, proceder-se-á a nova repertorização, destavez englobando o novo universo sintomático. Este processo é vicioso até quese complete a cura integral do enfermo.Contrariamente à situação anterior, o simillimumperfeito, imitando a doença na íntegra, ministrado em dose adequada, removeráde forma radical a totalidade sintomática[132].
Se o simillimum for encontrado,qualquer dose será suficiente para a cura, desde que inexistam barreirasdiatésicas. Se estas existirem terão de ser cuidadosamente investigadas a fimde serem debeladas, nomeadamente por intermédio de antídotos e nosodos, sem quese olvide, como exaustivamente temos vindo a referir, as leis da similitude.
Hahnemann preconizava que em determinadascircunstâncias a utilização de medicamentos complementares é não só benéfica,como necessária para a obtenção de cura[133].
Na dificuldade do simillimumperfeito ser encontrado, Hering enunciou uma regra segundo a qual sãosuficientes três sintomas bem indicativos, para que se estabeleça a escolha deum bom medicamento, como são suficientes três pés para que um banco estejaequilibrado[134].Dito por outras palavras, se trêscaracterísticas principais de um caso são identificadas num dado remédio, há umtripé sobre o qual a prescrição se pode apoiar com grandes possibilidades desucesso.A teoria de Hering tem um vasto campo deaplicação nos casos agudos e pressupõe que o homeopata isole os sintomascaracterísticos em número de três, levando-os ao repertório, que confirmará oseu valor (grau 1).
Não podemos, na maior parte dos casos,esperar do medicamente homeopaticamente imperfeito uma cura integral, já que nodecorrer do tratamento podem surgir sintomas acessórios[135]de alguma monta, que implicam o traçado de um novo quadro da doença[136]e a prescrição de um novo medicamento.Aliás, sempre que ocorra mudança na doença,deve seleccionar-se um outro medicamento para combater os sintomas que restamou que surgem após a acção do primeiro[137].
Como já foi referido, por vezes, aprescrição do medicamento imperfeito despoleta o surgimento de novos sintomasou revela sintomas antigos, levando o homeopata a uma reavaliação do caso e àprescrição do simillimum perfeito ou do medicamento mais adequado àsituação do enfermo.Não olvidemos que o estado mental deveráser sempre utilizado para a selecção final do medicamento.Note-se ainda, que os sintomas desaparecempela ordem inversa da sua manifestação[138]e a aplicação do medicamento homeopaticamente correcto produz inevitavelmenteuma imediata melhoria do estado psíquico[139]. Por último, uma pequena nota relativa ao Geniusepidemicus, que é um recurso prático de prescrição. Efectivamente, numaepidemia, pode verificar-se que a totalidade ou quase totalidade dos sintomassão comuns a todos os doentes, o que pode legitimar o uso generalizado de um sómedicamento.

MEDICAMENTOS
Fundamentalmente, as substânciasmedicamentosas utilizadas pela farmácia homeopática, são de origem animal,vegetal ou mineral[140].Hoje são cerca de 2.000[141].
Astinturas mãe, são preparações líquidas resultantes da acção dissolvente dumveículo alcoólico nas substâncias de origem vegetal ou animal.À parte destas, surgem-nos as diluiçõesdecimais e centesimais[142].
O remédio mais usual é constituído porgrânulos de lactose que são impregnados com a diluição que lhes dá adenominação verbi gratia, 5ª CH (centesimal); 9ª CH; 15ª CH; 30ª CH.As doses de glóbulos também lactose impregnada com a diluiçãohahnemaniana têm a particularidade de serem tomadas de uma só vez pelodoente[143].Por razões que entenderemos adiante,preferimos ministrar o medicamento em gotas[144].O mesmo número de gotas que o indicado de grânulos.
Os medicamentos homeopáticos possuem umpadrão energético ou vibratório, cuja influência se repercute na força vital doorganismo promovendo a sua cura.No estado actual do conhecimento científicoé quase impossível demonstrar de que modo agem as substâncias homeopáticas,muito em especial as altamente diluídas. A prática demonstra que promovem asaúde e a cura, mais nada para além disso[145].Na perspectiva de Hahnemann, o medicamentohomeopático reproduz os sintomas da doença. Deste modo, gera-se uma doençaartificial semelhante e mais poderosa do que a que reside no organismo. A forçavital vê-se compelida a agir contra uma nova doença despendendo mais energiapara a eliminar. A doença criada artificialmente, embora mais poderosa, possuium curto prazo de acção, o que permite à força vital sobrepujá-la facilmenteapós se ter obtido a cura eficaz da doença original. O organismo permanecerásadio já que ambas as doenças foram eliminadas com sucesso. Verifica-seassim que o medicamento homeopático produz uma doença de força superior,paralela à original que pela sua escassa duração no tempo será facilmentecontrariada pela força vital após se ter conseguido a cura da enfermidadefecunda[146]. Podemosreter que os medicamentos homeopáticos apoiam e estimulam os mecanismos deauto-cura existentes em todo o organismo vivo[147].

PRESCRIÇÃOE POSOLOGIA
Encontrado o Simillimum, há que determinara:
- Diluição;- Dose;- Frequência com que o remédio éadministrado.
Nesta matéria, a prática do homeopata é anorma que o deve conduzir[148]e as considerações que se seguem devem tomar-se como meramente indicativas.Certos homeopatas usam quase queexclusivamente as baixas diluições, outros as altas[149].Neste campo, a experiência individual é que deve ditar as regras, emboraexistam certas regras básicas que não se podem esquecer:
Quanto mais alta a diluição e maior asimilitude do medicamento seleccionado, mais prolongada no tempo será a acçãomedicamentosa[150].
Os pacientes idiossincrásicos sãoparticularmente sensíveis a qualquer tipo de diluição homeopática, logo, asreacções adversas ou a acção medicamentosa susceptibilizam-se de perdurarem notempo, inclusive nas baixas diluições e em circunstâncias de similitude imperfeita.
O medicamento não deve ser repetidoenquanto o paciente ainda estiver a beneficiar dos efeitos da dose anterior[151].Só quando a acção do remédio estiver esgotada, deve o mesmo ser repetido.As tomas sucessivas do medicamento só sedevem processar mediante uma alteração mesmo que moderada dapotência ou da dose[152].
A utilização simultânea de medicamentos nãose traduz numa cura mais célere e pode atrapalhar a escolha da diluição, doseou a frequência de administração[153].
A frequência com que o medicamento éadministrado, em regra é directamente proporcional ao número da diluição[154].
Na presença do simillimum, pareceque todas as diluições são curativas, no entanto, quanto mais alta a diluiçãomaior a probabilidade de uma cura permanente.
Atente-se que as altas diluições não devemser ministradas a doentes incuráveis ou hipersensíveis. Os primeiros acabam pordepauperar, enquanto os segundos adquirem os sinais patogenésicos domedicamento.As mulheres e as crianças reagem geralmentebem aos medicamentos, pelo que se deve começar com baixas diluições. O mesmo sediga no que toca aos indivíduos hipersensíveis, propensos a fazer a patogenesiado medicamento ministrado.
Quando a similitude é grande, podemsubir-se as diluições, mesmo nos quadros agudos, o que obriga ao espaçamentodas doses ex: 15 ou 30 CH [155].Tratando-se de uma doença aguda ou crónica com similitude muito imperfeitadevem utilizar-se baixas diluições ex.: 5 CH. De qualquer modo, oconceito de alta e baixa diluição depende, como já foi referido, da experiênciaclínica do homeopata.Nas doenças agudas as diluições baixas sãotomadas várias vezes por dia.
Nos casos crónicos, podem ministrar-sealtas diluições ex.: 30CH; 200 CH , aguardando-se que o efeito doremédio termine[156]para eventual repetição[157]ou então, uma diluição média de modo contínuo, aumentando-se progressivamente apotência ou a dose.
Na perspectiva da Escola Pluralista, emcasos agudos domínio orgânico ou lesional , recorre-se a baixasdiluições (5 CH); nos quadros subagudos domínio funcional adiluições médias (5 a 9 CH); e nos casos crónicos muito especialmente naesfera mental empregam-se as altas diluições (superiores a 9 CH).O iniciado na arte de curar homeopática,deve começar por ministrar doses baixas, ou médias, aumentando-as gradualmenteem função do acumular da experiência clínica[158].Aconselhamoso iniciado na prática homeopática, a começar com baixas diluições,aumentando-as progressivamente.Assim, encontrado o simillimum ou omedicamento mais apropriado, o tratamento pode iniciar-se com uma dose de 6 CH a menos propensa a agravamentos, segundo certos autores , aumentadaprogressivamente logo que o seu efeito termine, para 12 CH, 15 CH e 30 CH.
Como já foi discutido no capítulo referenteaos medicamentos, estes podem apresentar-se sob a forma de gotas, grânulos ouglóbulos[159].Os grânulos são ministradossublingualmente, em regra, três, longe das refeições.Segundo o grau de dinamização-diluição, opluralismo preconiza em regra:
- Se em 5 CH, duas, três ou mais vezes pordia;- Se em 7 CH, três grânulos uma vez pordia;- Se em 30 CH, três grânulos em dois outrês dias alternados[160].
A dose de glóbulos existente nomercado com tal denominação pode ser substituída por 18 grânulos tomadosde uma só vez:
- Se em 15 CH, uma vez por semana.- Se em 30 CH, uma vez por mês.
As gotas são vertidas sublingualmente, oudissolvidas em água pura 1 gota por colher de água.[161]

EFEITOSDOS MEDICAMENTOS
O fenómeno do agravamento é facilmentecompreensível se recorrermos aos princípios que enformam a prática homeopática[162].É praticamente impossível que medicamento edoença se sobreponham, como sucede com dois triângulos com lados e ângulosiguais[163]e mesmo numa escolha criteriosa, podem surgir em certos indivíduos novossintomas[164].
Na doença aguda, um suave agravamentohomeopático, observado na primeira ou primeiras horas é sinal que a doençacederá[165].Mas, a agravação homeopática não se constitui como fenómeno obrigatório, amenos que a doença seja grave.No entanto, se o medicamento for malseleccionado o doente poderá ter um alívio transitório dos sintomas,seguindo-se um intenso agravamento[166].Logicamente, quanto menor a dose maismoderado o agravamento[167].
Numa enfermidade de carácter lesional leve,o agravamento homeopático é de curta duração e bastante forte, limitando-se nocaso de doenças agudas de instalação recente, à primeira ou primeiras horas[168].Na lesional de certa gravidade, oagravamento aumenta na sua duração.Nas doenças funcionais e de carácter incurável,Hahnemann considera que não se deverá verificar qualquer tipo de agravamento.[169]As doenças crónicas não são afectadas emgeral por agravações drásticas, mas podem ocorrer abundantes eliminações.
Léon Vannier e Jean Poirier, consideram queo agravamento medicamentoso não se pode produzir, se não utilizarmos tinturasmãe, tivermos o cuidado de intercalar um dia de repouso de vez em quando podeser um dia por semana no decorrer da administração de diluições médias,não repetir uma alta diluição antes que a sua acção esteja esgotada e porúltimo, se garantirmos a drenagem perfeita do organismo.

Neste particular, damos agora em síntese, oprocedimento homeopático tendo em vista as situações que ocorrem ou podemocorrer na prática clínica, fundamentadas nas leis e teorias expendidas porHahnemann, Boenninghausen, Hering, Kent e Miller.Aproveitamos para relembrar o método queconduzirá fatalmente à análise do caso concreto as anotações que seseguem, não substituem o que se escreveu em sede de Interrogatório e Exame, mascompletam-no.
PRIMEIRO CONTACTO COM O DOENTE
Nome, endereço, telefone.Idade.Trabalho.Casado, viúvo, solteiro ou divorciado.
Cor dos cabelos e dos olhos.Cor do rosto, tez.Mencionar todos os traços particulares dopaciente quanto à sua aparência, forma, aspecto, tamanho, etc.Altura e peso.
Causa da morte dos familiares mais próximosou afastados, tanto do lado paterno quanto materno, ou ainda as doençascrónicas que apresentaram durante as suas vidas: tuberculose, asma, cancro,tumores, erupções, doenças de pele, venéreas, ou quaisquer outras crónicas.Questionar igualmente toda tara particularde um lado ou de outro.
Pedir ao doente que conte a história dadoença que o atormenta.Este deve fornecer uma narração detalhadados seus padecimentos. O homeopata anota tudo, iniciando um novo parágrafo acada sintoma relatado, evitando interrompê-lo.O paciente começa em regra por narrar ossintomas de que está mais ansioso por se libertar.Quando termina, o médico passa então paracada sintoma em particular obtendo informações mais precisas, sem que formulequestões de forma sugestiva.Caso hajam lacunas sobre várias partes efunções do organismo, bem como das respeitantes ao estado mental, o homeopataquestiona o doente no que a tal respeita.Se a doença crónica obriga a umainvestigação profunda da sintomatologia na sua forma originária e correlativaevolução, já a aguda, cujos sintomas estão bem presentes na mente do enfermo,implica menor esforço do prático, o que não quer dizer, que não seja elaboradoum quadro completo da doença e dos sinais característicos do paciente.Entre outros, deve especificar:Quando começou;Há quanto tempo dura;Quais as modificações e evolução por quepassou;Que remédios tomou e em que quantidade;Qual a causa da doença (na perspectiva dopaciente);Se engordou ou emagreceu nos últimos meses;Quantas vezes foi vacinado, contra quê equais foram os efeitos dessas vacinas;Quais os sintomas que mais o mortificam e de que se querlivrar, bem como os mais marcantes, característicos e estranhos.
APRIMEIRA PRESCRIÇÃO
Na primeira prescrição, o homeopata devetomar em conta a totalidade dos sintomas, afastando deliberadamente a práticade receitar tendo por base um único sintoma ou sinal, mesmo tratando-se de umKey Note.Ocorre, que numa primeira abordagemdo paciente, a sua estrutura psico-física não é ainda perfeitamenteperceptível, pelo que a regra do tripé de Hering, poderá ter aqui um dos seuscampos preferenciais de eleição: são necessários como já se disse, trêssintomas bem característicos, individualizantes daquele, para que a prescriçãopossa produzir algum efeito útil.Em bom rigor, prescrever sobre a totalidadedos sintomas, não quer dizer que todos sejam tomados em consideração, havendoque proceder à sua valorização e hierarquização. A escolha de quatro ou cincocaracterísticos, constituindo o Síndrome Mínimo de Valor Máximo, conduzirá àescolha do simillimum perfeito ou possível.Não devemos nunca olvidar, que o quecaracteriza um indivíduo, são as suas características mentais, seus desejos eaversões e o comportamento que apresenta face aos elementos naturais, com todaa gama disponível de agravações e melhorias.
Face a um caso crónico, que searrasta há longos anos, o simillimum só deve ser receitado quando ohomeopata disponha de elementos suficientes para erradicar a doença. Istopoderá acontecer na segunda consulta, talvez na terceira. Até lá, se o pacienteestiver intoxicado por medicamentos alopáticos, receitar-se-lhe-á Nux Vomica,ou se tiver sido alvo de inúmeras vacinações, Thuya. Poderá considerar-se naausência destas duas situações a possibilidade de ser ministrado Saccharum Lactis, sem qualquerdinamização.
Entendendo-se conveniente, no fim daprimeira consulta, entregar-se-á ao paciente um questionário Kent elaborouum questionário exaustivo, que entregava aos seus pacientes.
DEPOISDA PRIMEIRA PRESCRIÇÃO
Poderá ser este o momento em que o simillimumvai ser receitado, caso não o tenha sido na primeira consulta.
Deve assinalar-se a data da toma doprimeiro remédio.- O paciente deve anotar todas asalterações do seu estado e dos sintomas, logo depois de ter tomado o remédio.Sempre que os sintomas se modifiquem, deveser tal facto rigorosamente anotado.Anotam-se os sintomas que desapareceramcompletamente ou de que se sentem melhoras depois de tomado o primeiro remédio.Assinalam-se os novos sintomas que podemeventualmente aparecer.Especificar com precisão os novos sintomase assinalar os antigos que reaparecem durante o tratamento.Depois de ministrado o simillimum opaciente deve ser consultado nos 10 a 12 dias seguintes, para avaliação do seuestado.
A partir daqui são múltiplas as situaçõesque podem ocorrer. Analisemos sinteticamente cada uma delas.
APÓSO SIMILLIMUM
- O paciente AGRAVA:Precisamos de distinguir o que na realidadeagrava: agravação do seu estado geral; agravação dos sintomas da doença;agravação dos sintomas da doença e do seu estado geral.No entanto, não devemos nunca confundir ofenómeno de agravação homeopática com reacções normais de eliminação,nomeadamente como diarreia, vómitos e expectorações.
AGRAVAÇÃODO ESTADO GERAL DO PACIENTE Esta agravação corresponde a uma diminuição evidenteda alegria, boa disposição, actividade, em suma, um declínio evidente do estadode saúde.Énecessário nunca olvidar que o homeopata busca acima de tudo uma sensação de bem-estardo doente.Provavelmente o simillimum foiprescrito em baixas dinamizações com tomas muito repetidas.
AGRAVAÇÃODOS SINTOMAS DA DOENÇA Agravação dos sintomas causa directa da consulta.
Agravação aguda e curta, seguida de umamelhoria rápida Estamos perante um bom prognóstico. O doente pode curar-se ou ter uma recaídaao fim de algumas semanas. Neste último caso, repetir o remédio. Atente-se queuma boa agravação não deve ultrapassar três dias.
Agravação longa seguida de lenta melhoria Uma agravação devárias semanas, a que se seguem pequenos sinais de melhoria, indicam-nos umpaciente esgotado, de baixa vitalidade. Devemos evitar a repetição continuadado remédio, sob pena do doente correr riscos desnecessários.
Agravação longa seguida de um declínio doestado geral Estamos perante um doente incurável. A opção é desistir do simillimum que apenas o depauperará e ministrar pequenos remédios de acção curta epouco profunda, de carácter paliativo.Agravação muito marcada seguida de curtamelhoria O remédio não é o simillimum, tendo apenas acção paliativa.
Agravação a que se segue o retorno desintomas antigos Estamos perante um prognóstico excelente. No máximo, ao fim de um mês ossintomas antigos desaparecem. Se tal não ocorrer, teremos de pensar numasegunda prescrição.
O paciente MELHORA:Melhora o seu estado geral e local; melhorao seu estado geral e agravam os sintomas locais; melhora o estado geralmantendo-se o desequilíbrio dos sintomas locais ou melhora o estado geral commanifestações de eliminação.
MELHORAO ESTADO GERAL E LOCAL - O doente tem uma cura rápida.Quer o remédio, quer a dinamização forambem escolhidos, são similares ao grau dinâmico da doença. Também pode acontecerque a doença esteja num estádio inicial.
MELHORAMOS SINTOMAS DA DOENÇA Melhoria dos sintomas causa directa da consulta.
Melhoria rápida seguida por agravação Partindo doprincípio que estamos perante o simillimum, então o paciente éincurável. Se não for o simillimum, o remédio limitou-se a exercer umaacção meramente paliativa.
Melhoria na direcção errada O sintomainicial desaparece, mas surge um novo bem mais grave. Como exemplo, podemoscitar o desaparecimento de uma úlcera da perna, surgindo em seu lugar umahemoptise. Estas situações aparecem em regra quando o homeopata se limita aprescrever com base nos sintomas locais olvidando a totalidade sintomática. Háque reavaliar o caso, considerando o actual quadro sintomático.
Melhoria com reacção tardia A reacçãotardia a que se referem alguns autores, surge entre o 15º e o 26º dia após serministrada a dose, tendo uma duração aproximada de 15 dias.O homeopata deve evitar renovar a dose numanova potência, ministrando antes, uma de placebo, já que qualquer melhoria semsimilitude só muito excepcionalmente ultrapassará dez dias. Daí, que umamelhoria de 15 dias é sinónimo de prognóstico favorável, acabando tal reacçãopor desaparecer decorridos que estejam os ditos 15 dias de agravamento, com oconsequente restabelecimento integral da saúde do enfermo.
APARECIMENTODE NOVOS SINTOMAS Quando surge um novo sintoma, precisamos de discernir se se trata de um:
Sintoma patogenésico - Consultando-se neste caso para identificaçãoum Repertório (v.g. Kent, Ariovaldo Ribeiro Filho), ou uma matéria médicaexaustiva (v.g. Clarke, Allen). Tratando-se de tal, acabará por desaparecer empoucas semanas, podendo prescrever-se S.L., evitando-se qualquer outraintervenção.Também não deixa de ser provável queos sintomas venham a ser demonstrados como elencadores do quadro patogenésicodo medicamento por ulteriores experimentações.
Sintoma do quadro evolutivo da doença Aqui, ficaremoscertos que o remédio prescrito não é o simillimum, face aodesenvolvimento do quadro patológico, urgindo uma reavaliação do caso.
Sintoma mais grave do que o inicial - Já vimos estasituação (Melhoria na direcção errada).
Sintoma menos grave que o inicial Se segue adirecção da cura homeopática, o prognóstico é bom. Um eczema facial quedesaparece e surge numa perna (do alto para o baixo); Uma úlcera quedesaparece, surgindo uma erupção numa perna (de dentro para fora); Desapareceuma úlcera surgida em 1998, depois uma arritmia com inicio em 1997 e por fimdores erráticas nos membros que se arrastavam desde 1992 (os sintomasdesaparecem na ordem inversa do seu aparecimento).
Sintoma antigo que retorna Também jáanalisado supra (Agravação a que se segue o retorno de sintomas antigos).
A melhora dura um tempo normal, mas surgeum novo conjunto de sintomas Esta situação conduz a uma novaprescrição, que por sua vez conduz ao aparecimento de novos sintomas e assimsucessivamente, enquanto o doente enfraquece progressivamente. Em princípio,tratar-se-á de doente incurável.
O paciente NEM AGRAVA NEM MELHORA Neste particular é necessário aprofundarcautelosamente as inúmeras possibilidades atinentes à ausência de êxito:
Pode acontecer que tenha sido esquecidaem sede de repertorização a causa etiológica dos padecimentos, cujaimportância em sede de casos crónicos é fundamental.
Que a narração dos sintomas seja inexacta, obrigando a umareavaliação do caso.
A existência de barreiras medicamentosas ouinfecciosas anteriores que impedem a acção do remédio, tais como,vacinação, blenorragia.
Taras hereditárias, tais como,blenorragia, sífilis, tuberculose, cancro, o que nos levará à aplicação denosodos.
Abuso de alimentos ou produtos de elevadatoxicidade,como chá, café, bebidas alcoólicas, tabaco, drogas.
Abuso de medicamentos alopáticos. A intoxicação épor vezes tão grande que se torna imperativo receitar o antibiótico,ansiolítico, antidepressivo, corticóide, anestésico, etc. homeopaticamentediluído e dinamizado, na 15ª ou 30ª centesimal (CH).
Má preparação do remédio. Como em tudo, nemtodos os laboratórios são fiáveis.
Remédio mal tomado. Os remédios devemser tomados longe das refeições, directamente debaixo da língua, sem contactocom os dedos ou diluídos em água pura.
Dinamização inapropriada. É fundamentalencontrar a dinamização a que determinado paciente responde: uns são sensíveisa uma 9ª CH, enquanto outros necessitam de uma 200 CH ou mais.
Ausência de reacção. Pode ocorrer umaausência de reacção por parte do doente. Quer no Repertório de Kent, quer no deAriovaldo, encontramos uma rubrica consagrada a este género de carência.De realçar, que nalguns pacientes areacção é de todo oposta: objectivam os sintomas do medicamento ministrado,ou seja, reproduzem a sua patogenesia.
Por outro lado temos de estaratentos ao facto de que alguns remédios agem mais rapidamente que outros. Emcasos crónicos, a sua acção pode manifestar-se apenas 30 dias após a toma,enquanto que nos agudos, teremos de ter uma resposta imediata ou nas primeirashoras.
AREAVALIAÇÃO
Seo estado geral do paciente for excelente, o homeopata só muito excepcionalmentedeverá modificar a medicação.Caso o tenha de fazer, como acima seexpressou, deverá tomar em linha de consideração uma nova repertorização queinclua, talvez, como guia, o último sintoma que surgiu e pesquisar nosmedicamentos disponíveis um complementar ou que siga bem o primeiro, o queimpõe a consulta de uma tabela que forneça a relação entre os remédios v.g.R. Gibson Miller, Clarke.



RELAÇÕES CLÍNICAS DOS MEDICAMENTOS[170]
Namatéria médica existem muitos medicamentos incompatíveis, ou seja, queministrados antes ou após um do outro, destroem os seus efeitos, por via deacção contrária. A validade desta regra depende do facto do primeiro remédioadministrado ter tido alguma influência no caso. Os remédios são complementares quando a sua acção éidêntica relativamente à sintomatologia do quadro clínico, quando agem no mesmosentido, terminando o trabalho começado por um outro remédio.Os que seguem bem outro, suprem asdeficiências deste primeiro, podendo mesmo antidotar alguns dos seus efeitosperversos[171].
Os antídotos são essenciais em homeopatia edestroem os maus efeitos do remédio ministrado, na maior parte das vezes porprescrição incorrecta. Antidotam os efeitos químicos no decurso deenvenenamentos ou os efeitos indesejáveis ocasionados pelo emprego da droga.
Há ainda medicamentos, que exigem umcuidado especial na sua prescrição.[172]



JoséMaria Alves http://www.homeoesp.org/livros_online.htmlhttp://www.josemariaalves.blogspot.pt/




[1] A terapêutica ao tempo de Hahnemann orientava-se peladoutrina dos humores as doenças eram provocadas pelos maus humores ,que eram purificados através de sangrias, vomitivos, purgas e clisteres.
[2] Ver experimentação.[3] O Organon da Arte de Curar, como livro de base dahomeopatia deve ser cuidadosamente estudado. Aconselha-se ao estudante dehomeopatia como primeira abordagem: A Arte de Curar pela Homeopatia OOrganon de Samuel Hahnemann / Dr. E.C. Hamly, M.B., Ch. B., M.R.C.G.P. 1982, 1ª edição da Livraria Roca Ltda., obra que utilizamos e citamos ao longodeste livro, no que toca ao dito Organon.

[4] Discordamos profundamentedesta perspectiva na medida em que privilegie a celeridade em detrimento daanálise cuidada e exaustiva que deve presidir a qualquer método tendente à curado paciente encarado como um todo.
[5] Com utilização obrigatóriado Repertório Homeopático, como infra melhor se especificará.



[6] Verbi gratia: Matéria Médica Pura, S. Hahnemann; ACyclopaedia of Drug Pathogenesy, Hughes Dake; The Encyclopaedia ofPure Materia Medica, T.F. Allen e The Guiding Symptoms of Our MateriaMedica, Hering.
[7] É de realçar pela suaimportância o Repertório de Kent.
[8] Medicina pela qual se efectuam tratamentos comremédios que produzem efeitos diferentes dos da doença a tratar.
[9] O café que impede oudificulta o sono à maioria dos indivíduos, é utilizado em doses homeopáticas dosesmínimas para combater a insónia. [10]V.g.Arsenicum Album, Belladona e Mercurius.
[11]Trata-se de uma diluição homeopática que retira atoxicidade ao medicamento, estimulando concomitantemente as capacidadesreacionais de auto-cura do organismo.
[12]Dose forte, mas não letal. Verifica-se aqui um efeitode dupla face do medicamento. Como já anotámos, o café que em dosesponderais provoca a insónia, vai curá-la quando altamente diluído.
[13]Conjunto de efeitosdesencadeados por um remédio.
[14] Talvez na maior parte dasvezes.
[15] Organon 162.
[16] A Escola Pluralista, tambémconhecida por Escola Francesa, utiliza vários medicamentos simultaneamente ouem intervalos de tomas.
[17] A Escola Complexista ouEscola Alemã, utiliza em regra, os complexos, constituídos por váriosmedicamentos combinados na mesma solução excipiente.
[18] Organon 119. Para que sepossam conhecer os efeitos dos medicamentos, impõe-se que só seja receitado umde cada vez. Só assim se poderá avaliar a reacção do doente ao medicamento.Caso se efectue a prescrição de uma maior quantidade de remédios, à avaliaçãodos efeitos produzidos no paciente acresce a dificuldade de determinar qual dosmedicamentos homeopáticos está a produzir um efeito real e benéfico no enfermo.Com os complexos homeopáticos a prescrição simplifica-se, pelo facto de osmedicamentos serem estudados alguns já se encontram patenteados acerca de50 anos para patologias específicas. Pecam por se reportarem àspatologias num quadro teórico transportado e adaptado aos princípios daMedicina Ortodoxa, violentando o princípio fundamental de que em homeopatia nãohá doenças, mas doentes.
[19] Ou o animal, já que existeuma Medicina Homeopática Veterinária.
[20] O equilíbrio do sistemaorgânico integral resulta da interacção entre os vários sub-sistemas.
[21]Actualmente, pelo menos em território Europeu,tende-se à utilização da homeopatia mediante os princípios da MedicinaOrtodoxa. É inelutável, que o contributo da prática médica ortodoxa é de umvalor inestimável para a homeopatia, embora não seja fundamental, mas otransporte ou impregnação do corpo teórico da Homeopatia pelo da MedicinaOrtodoxa só faz com que se passe a ver a doença em detrimento do doente. Ocomplexismo é utilizado maioritariamente de acordo com as patologias tal comosão conhecidas na Medicina Ortodoxa. Tal facto, embora não possa permitir que aescolha do medicamento, por muito criteriosa que seja, determine a perfeitacura do paciente só quando se escolhe o medicamento visando o doente e nãoa doença é que se pode ter maior certeza de promover a cura e orestabelecimento do enfermo , permite uma rápida actuação no quadrosintomático imediato, facultando alívios que propiciam no tempo, a ulteriorpesquisa do simillimum. Mas é de não esquecer, que embora a utilização doscomplexos homeopáticos possa ser aliciante pelo pragmatismo e rapidez deprescrição, o que se cura, ou tende a curar, é o doente e não a doença.
[22] Que englobam as sensações, sonhos, ilusões edelírios.
[23] Envolvem os transtornos causados por acontecimentos,traumáticos ou não.
[24] Medo, depressão, ansiedade, astenia, agitação,inquietude, memória, cognição, capacidade de valoração dos factos,inteligência, entre outros.
[25]Sede, apetite, transpiração, sono, fezes, urina, etc.
[26]Por exemplo, quisto no ovário esquerdo.
[27] É ilusória a percepçãodaquele que só vê as partes.
[28] Perfeito ou imperfeito.
[29] De referir as Korsakovianas, que podem atingir ovalor de 100.000 100.000 K , que são prescritas fundamentalmente parasintomas mentais.
[30] Este processo intitula-se de dinamização.
[31] Entre a 9ª e a 12ª, atentasas diferenças de peso molecular de cada substância.
[32] Veja-se Revista Port. Farm. Vol. XLIV, nº3 1994.
[33] Para Bastide e Boudard, tratar-se-ão de sinaiselectromagnéticos de reduzida intensidade sinais não moleculares veiculadores de informações sob a forma de imagens de patologias patogenesia do medicamento , espelhos da sintomatologia apresentada pelopaciente, inteligíveis para o organismo deste, que apresenta a peculiarcaracterística de negativizar o seu próprio quadro sintomático.
[34] Hahnemann considera comoforça vital a vida que anima um ser vivo. Toda a globalidade psicossomática daentidade viva estruturada no interior de um invólucro, que sem os compostos queo animem, nada mais é que um cadáver.
[35] Organon 225. Para estes casos, preconiza comotratamento, o homeopático antipsórico ver Diáteses , associado a ummodo de vida cuidadosamente regulado.
[36] Organon 225. O doente aparentemente curado porintermédio do simillimum, deve ser submetido a um tratamento antipsóricoradical a fim de que jamais caia em tal estado de doença mental.
[37] Organon 149.
[38] Organon 253. Um aumento do conforto, da serenidadee de certo modo, da alegria com retorno ao estado natural de equilíbrio, é umíndice seguro de melhoria.
[39] 36 do Organon. Não se verifica uma aniquilação daenfermidade mais recente, mas sim, uma total inabilidade desta em penetrar noorganismo.
[40] 38 do Organon.
[41] Força Vital.
[42] 39 do Organon. ANatureza não consegue curar uma doença com a instalação de outra, mesmo quemais forte se a nova doença for diferente daquela já presente no organismo.
[43] 45 do Organon.
[44] 75 do Organon.
[45] Emanações que outrora eram consideradas,erradamente, como causadoras de doenças e que provinham de detritos orgânicosem decomposição ou de doenças infecto-contagiosas e cujos efeitos se podemassemelhar, em parte, à acção microbianano organismo. Embora esta seja a definição que comumente se pode encontrar numdicionário, a realidade doutrinária homeopática subjacente ao conceito é muitomais vasta do que aquela que a mera descrição linguística pode denunciar.Efectivamente, Hahneman empregava o termo miasma no mesmo sentido com que ele édefinido actualmente, mas a sua conceptualização do fenómeno miasmático erabastante mais abrangente do que a priori se pode pensar. Das palavras doOrganon pode depreender-se, que para Hahneman, miasmas são estigmas deinfecções contraídas e suprimidas num passado remoto pelos nossos ancestrais.Estes estigmas são perpetuados pela linha genética, condicionando o modoreacional de um organismo, que pode apresentar uma predisposição particularpara contrair certas doenças e manifestar determinada realidade sintomática.Este eminente fundador homeopata, desconhecendo os actuais conceitos de genética,microbiologia, virologia e bacteriologia, desenvolveu um corpo doutrináriocapaz de explicar a perpetuação na linhagem genética de marcas resultantes deinfecções bacteriológicas, e explica inclusive, as micromutações cromossómicasque sofremos ao longo das décadas ou séculos e que reflectem as adaptações aosmeios patológicos. Na realidade é mais fácil perceber as inequívocasmacromutações adaptações aparentemente estáveis, que a nossa espéciesofreu ao longo de milénios, do que as transformações que os seres experimentamnum espaço de tempo circunscrito a algumas décadas ou séculos.
[46] Diátese é um conceito que surgiu com a EscolaPluralista, correspondendo à doença hahnemaniana crónica.
[47] Principalmente devido àsrecentes concepções das Escolas Pluralistas que o consideram lacunar.
[48] Da leitura atenta docapítulo do Organon referente aos miasmas, depreende-se que Hahneman acreditavanuma perpetuação dos efeitos miasmáticos. O 81 do Organon denuncia queHahneman não descurou embora não conhecesse o conceito de hereditariedade e demicromutação dos genes nos organismos vivos face a agentes patogénicosexógenos.
[49] Organon 202/205. A supressão de um eczema nacriança pode conduzir a ulteriores crises asmáticas. Hahnemann defendia que nãose devia aplicar nas enfermidades locais, crónicas ou agudas, externamente,qualquer remédio, nem mesmo o homeopático correcto (Organon 194; 195). Esteconceito Hahnemaniano, embora teoricamente correcto, deve ser interpretado àmedida da experiência clínica do homeopata, dos efeitos das diversassubstâncias ou remédios no organismo, da patologia em causa ou daidiossincrasia do enfermo. A aplicação tópica de uma pomada de Arnica para umtraumatismo físico recente, dificilmente terá complicações no organismo dopaciente.
[50] Não confundir esta situaçãocom aquela que pode surgir com administração do simillimum imperfeito. Aqui, opaciente é acometido por novas patologias e não por sintomas acessórios como sepoderá constatar mais adiante.
[51] Cada uma das categorias engloba os pacientes cujareacção patológica é análoga, independentemente do agente agressor.
[52] A Psora derivará de uma intoxicação crónica endógenaou exógena .
[53] A Sicose, das consequências negativas das vacinações v.g. a antivariólica , blenorragia mal tratada e de todos osprocessos mórbidos repetitivos e rebeldes.
[54] O Luetismo é uma modalidade reacional do organismo emface de agentes agressores diversos, caracterizada por manifestaçõessemelhantes à da infecção provocada pelo Treponema palidum. Nos temposantigos a sífilis era considerada a causa da Luese.
[55] Nebel exerceu Medicina Homeopática na Suíça, tendooptado pela Escola Pluralista.
[56] Em 1946 publica Os tuberculínicos e seu tratamentohomeopático, e em 1952 Os cancerínicos.
[57] Conjunto de manifestações físicas e psíquicas, bemcomo orientações mórbidas gerais imprimidas ao organismo por uma tuberculoseque remonta a uma ou mais gerações.
[58] Forma nativa que susceptibiliza o organismo nadirecção do risco oncológico.
[59] Ao lado de Sulfur, os medicamentos principais daPsora são: Arsenicum Album, Lycopodium e Nux Vomica. A Calcarea Carbonica é omedicamento constitucional e o nosodo é o Psorinum. (Constituição é um conceitoessencialmente pluralista).Ao lado da Thuya a Thuya é a Sicose; a Sicose é a Thuya ,Dulcamara e Natrum Sulfuricum. O constitucional é a Calcarea Carbonica e onosodo é o Medorrhinum.Para a Luese temos como principais ao lado de Mercurius Solubilis:Argentum Nitricum, Lachesis e Phytolacca. O constitucional é Calcarea Fluoricae o nosodo é o Luesinum.No Tuberculinismo, encontramos Phosphorus, Natrum Muriaticum,Pulsatilla e Sépia. O constitucional é a Calcarea Phosphorica e o nosodo é oTuberculinum.A série cancerínica é a mais recente e não está bem definida. O nosodoé o Carcinosinum. Os três grandes cancerínicos são: Thuya, Conium e Hydrastis.
[60] Os que constituem o modo reacional daquele paciente.
[61] Mas apenas um de cada vez. Recordamos que as EscolasPluralistas preconizam a utilização simultânea de vários medicamentos e que asComplexistas misturam várias substâncias na mesma solução excipiente. Embora aprática clínica possa indicar a existência de resultados favoráveis mediante aparticular prescrição terapêutica destas duas Escolas, aconselhamos a que osprincípios basilares da homeopatia sejam inteiramente respeitados, até que aexperiência clínica pessoal alicerçada os conteste.
[62] As diáteses puras ou quase puras só surgem empediatria.
[63] Um mínimo de três, é o número requerido para que hajaidentificação diatésica.
[64] Organon 103.
[65] Os nosodos são produtos patológicos tecidulares ouextraídos de secrecções mórbidas de origem vegetal, animal ou humana, diluídose dinamizados segundo as técnicas da farmácia homeopática, administrados a partirda 6ª diluição decimal.Osmétodos bioterápicos foram desenvolvidos em França, paralelamente à homeopatia.OPsorinum é a diluição da substância sero-purulenta contida na vesícula dasarna.OMedorrhinum é a diluição da secreção purulenta blenorrágica.OLuesinum é o lisado das serosidades treponémicas de cancros primitivos.OTuberculinum é a tuberculina bruta obtida da mycobacterium tuberculosis.OCarcinosinum é preparado a partir de nódulos cancerosos, particularmente doseio adverte-se que não é um remédio do cancro, mas da diátese cancerínica.Énecessário reconhecer que apenas uma pequena parte dos bioterápicos podem serconsiderados medicamentos homeopáticos, porquanto a maioria carece deexperimentação, de patogenesia. Entre os que assim são reconhecidos, estão ossupra mencionados.
[66] O conceito de constituição tem o seu domíniopraticamente limitado à Escola Pluralista.
[67] Que elaborou também a teoria da drenagem.
[68] Para o estudo desta matéria, é fundamental a obra:As diáteses homeopáticas, de Max Tétau, Editora Andrei, 1998.
[69] Síndrome DisfóricaPré-Menstrual.[70] A matéria médica homeopática é acima de tudo umregisto de sintomas.
[71] Se um doente apresenta todos os sinais maiscaracterísticos do Arsenicum Album v.g., medo da morte com agitação eexaustão, agravamento periódico dos sintomas, dores sentidas com sensação dequeimação, agravamento nocturno por volta da meia-noite e os sintomas dadoença aguda estão delimitados num outro medicamento, deve ser aquele e nãoeste a ser prescrito.
[72] Hahnemann terá respondido certa vez a um paciente queo inquiriu sobre a sua doença e prescrição homeopática: O nome da suadoença não é problema meu, e o nome do medicamento que lhe dou não é problemaseu.
[73] Um sinal característico é o que caracteriza,desculpe-se a redundância, o paciente e que em regra não é comum à doença.
[74] Ver Repertorização.
[75] Alguns homeopatas quando constatam num paciente aexistência de um sintoma raríssimo, procedem sem mais à prescrição dessemedicamento. No entanto, tal procedimento é contrário aos princípios dadoutrina homeopática. A função do Keynote deve ser meramente indicativa eauxiliar do diagnóstico diferencial.
[76] Clarke afirmava que se um paciente lhe dissesse Háuma coisa que não sei se lhe devo contar, doutor, não descansava enquanto estenão lhe contasse de que realmente tratava a tal coisa ReceituárioHomeopático, Editorial Martins Fontes, pág. 68 . Pesquisava assim, ossintomas mais peculiares e absurdos.
[77] Alguns sintomas são mais importantes que outros edevem ser valorizados, quer em sede de repertorização, quer de prescrição. Ahierarquização que atribuímos aos sintomas relevantes pode traduzir-se noesquema seguinte:
Sintomas etiológicos: Transtornos por...; Todos os factores desencadeadoresdo quadro sintomático actual.Sintomas e sinais do quadro clínico/homeopáticoindividual:
Mentais Sintomas da imaginação: Sensações, ilusões, delírios e sonhos.EmocionaisVolitivosIntelectivos
Gerais:transpiração, sono, sede, apetite, febre, características das eliminações, etc.
Locais:cabeça, peito, estômago, etc.
Sintomas extraídos da história clínica: transtornos funcionais comuns e patognomónicos e lesões orgânicas.
Nota:Os sintomas pertencentes ao grupo II deverão ser sempre bem modalizados. Estegrupo, aonde for aplicável, pressupõe a inspecção, ou exame físico, levado acabo pelo homeopata.
[78] A Síndrome Mínima de Valor Máximo é constituída por 3a 5 sintomas caracterizadores da individualidade do paciente, inscritos emrubricas com um número médio de medicamentos entre 50 a 80 , comoveremos infra.
[79] A soma de todos os sintomas em cada caso individualde doença deverá ser a única indicação, o guia isolado para nos orientar quantoà escolha de um determinado remédio ( 18 do Organon). O simillimum resulta dacomparação entre os sintomas da doença, os sinais do doente e os sintomas dosmedicamentos exibidos nas matérias médicas.
[80] Deve descrever exactamente o que sente e de quesintomas está mais ansioso de se libertar. Se for acompanhado, as pessoas que orodeiam relatam as suas queixas, o seu comportamento e o que percebem nele,enquanto o homeopata vê, ouve e observa o que há no doente de fora do comum (84 do Organon). É necessário que o homeopata não se deixe induzir em erro pelosrelatos das pessoas que possam acompanhar o enfermo (98 do Organon).
[81] Quando se relacionam os sintomas um abaixo do outro,é-nos permitido escrever ao seu lado os remédios que os produzem conformeindicação repertorial. Tanto Clarke como Boeninghausen, prescreviam, em regra,ao paciente o medicamento que correspondesse ao maior número de sintomas.
[82] O homeopata interroga-o sobre a localização da dor ousensação, do horário em que ocorre, como agrava ou melhora, etc.
[83] Deve-se procurar traçar um perfil psicológico dodoente.
[84] Ver Diáteses.
[85] A modalidade homeopática determina em quecircunstâncias melhora ou agrava o sintoma ou a totalidade sintomática dopaciente. São as modalizações que tornam o sintoma característico.Algunsexemplos:
Alimentares: agravações oumelhoras por efeito de determinados alimentos ou bebidas.Atmosféricas e ambientais:andando ao ar livre, desejo ou aversão dos grandes espaços, lugares fechados,chuva, neblina, humidade, tempestade, sazonalidade, luz natural ouartificial , ruído, música, odores.Banho e lavagens: frio,quente, mar, aversão a lavagens.Corpos celestes: Sol, Lua,estações do ano.Horárias: dia, manhã, tarde,noite, anoitecer, uma qualquer hora específica.Lateralidade: direita,esquerda.Locomoção e posição: andar,andar de carro, barco, correr, dançar, deitado, sentado, em pé, de joelhos,curvado.Movimento e repouso: nocomeço do movimento, durante ou após o mesmo, deitado ou sentado.Roupas: apertadas ou não,cobrir-se, descobrir-se, nu.Temperatura: calor, frio,mudança.
[86] Esta perspectiva global do paciente compreendeinúmeros aspectos que serão discutidos na parte respeitante ao interrogatóriopropriamente dito, embora se destaquem alguns de compreensível importância:aspecto do paciente, movimentos, gestos com a face, modo de falar, grau delucidez mental, odor, etc.
[87]Segundo o Dicionário determos técnicos de Medicina e Saúde de Luis Rey: Reminiscência, recordação.Relato feito pelo paciente (ou alguém responsável por ele) sobre os antecedentes,detalhes e evolução da sua doença até ao momento do exame médico; históriapregressa da doença. Num sentido mais lato, o conceito de anamnese englobaa fase de interrogatório propriamente dita. Embora não resultem de relatoespontâneo por parte do paciente, os sinais recolhidos por via deinterrogatório desde que o homeopata não sugira as respostas ao doente assumem por defeito a validade desintomas.
[88] Os dados recolhidos durante esta fase devem-no ser nalinguagem do paciente, já que as patogenesias foram originalmente escritas nalinguagem corrente empregue pelos voluntários das experimentações. Revelar-se-áinfrutífero e contraproducente tentar empregar uma linguagem mais erudita outécnica nos relatórios e fichas clínicas dos doentes.
[89] O factor etiológico ou biopatográfico é o acontecimento que originou o estadopatológico. Pode ser hereditário causa diatésica , ter origem física exposição ao frio húmido ou frio seco ou psicológica desgostode amor, ciúme, medo ou pânico .
[90] Este deve ser efectuado com base nos sintomas que opaciente não aprofundou ou que sejam dúbios para o homeopata. Proceder-se-á hárecolha de dados que consolidem e especifiquem a narração do paciente (87 e89 do Organon). O bom interrogatório, também depende da atenção dada apormenores, ou factores predisponentes do quadro patológico, que o paciente nãomencionou por embaraço, indolência, falta de disposição ou esquecimento e que o homeopata já conhece como essenciais a um diagnóstico fiável ecorrecto, especialmente em sede de doença crónica (93 e 94 do Organon).
[91] Podem-se preencher estes dados logo à chegada dopaciente ao consultório atitude mais corrente , permitindo que estedescontraia e se familiarize com o homeopata e o espaço da consulta.
[92] Aqui se incluem todos osórgãos nobres abrigados na região abdominal: baço, fígado, intestinos, vesículabiliar, etc.
[93] Aqui se incluem asmodalidades de agravamento ou melhora mais gerais.
[94] Os antecedentes familiarescompreendem: falecimentos, patologias e estados mórbidos dos ascendentes ecolaterais do paciente.
[95] Estes englobam:antecedentes patológicos e tóxicos, imunizações, alergias medicamentosas,outros tipos de alergia, tratamentos actuais. Não convém descurar os factorespsicológicos que de alguma forma possam ser categorizáveis como antecedentespessoais.
[96] Neste momento questiona-sea paciente sobre: menarca, menopausa, ciclo menstrual duração e frequência, dispareunia, dismenorreia, síndrome pré-menstrual, incómodos pélvicos,leucorreia odor, cor, consistência, quantidade , gravidezes abortos,vivos , partos cesarianas , tratamentos hormonais econtraceptivos.
[97] Inclui: pulso, temperatura,pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória.
[98] Nesta fase podemavaliar-se: constituição fluórico, carbónico, fosfórico , nutrição normal,caquexia, magreza, desnutrição, excesso de peso, obesidade , estadosensório estupor, confuso, alerta, obnubilado ou outros dados pertinentes, postura e atitude colabora, não colabora, etc. , hidratação normal,desidratação leve, moderada ou grave , perfusão palidez, cianose , desenvolvimento ósseo e muscular normal ou anormal .
[99] Os restantes sinaisrecolhidos na fase de exame podem-se associar a determinadas questões doperíodo de interrogatório que se susceptibilizem de confirmação empírica.
[100] Kent e alguns dos seusalunos experimentaram cerca de 28 medicamentos.
[101] Fragmenta de ViribusMedicatorum Positivis in Sano Corpore Humano Observatis, obra composta pordois volumes, em que o primeiro expõe a patogenesia de 27 medicamentos e osegundo pode ser qualificado o primeiro repertório de sintomas dispostosalfabeticamente, com referências aos constantes no primeiro volume.
[102] Kent nasceu em 31/03/1849,obtendo o diploma em medicina aos 25 anos. Converteu-se à homeopatia noseguimento da cura operada por um prático homeopata na sua segunda mulher einiciou os seus estudos lendo o Organon de Hahnemann. Para além dum Repertóriocom 1423 páginas, foram publicados entreoutros, Lectures in Homeopathic Philosophy e Lectures on Homeopathic MateriaMedica.
[103] Boenninghausen nasceu em12/03/1785, na Holanda, licenciando-se em Direito em 1806. Possuía uma culturadiversificada, que abrangia a botânica, a agricultura e a medicina. Em 1828, umamigo que se havia tornado homeopata, cura-o de uma tuberculose quando as suasesperanças de vida já tinham terminado. A Homeopatia ganhou assim um adeptofervoroso e Hahnemann o mais dedicado discípulo, que produziu um intensotrabalho literário.[104] Dictionary of PracticalMateria Medica, Homoeopathic Book Service, 1991 a primeira edição é doano de 1900 , três volumes com um total de cerca de 2.500 páginas.
[105] É fundamental para acompreensão da sua estrutura e funcionamento o estudo da parte introdutória daobra páginas 19; 20; 21 e 22 .[106] Ex: Falta de apetite 207medicamentos; Medo, apreensão, pavor 238 medicamentos; Dor decabeça 273 medicamentos.
[107] Ex: Medo de aranhas 1medicamento; Medo de sair fora de casa 2 medicamentos. Como já sedisse, é desaconselhável a prescrição baseada em Keynotes, cuja função deve sermeramente indicativa e (ou) sugestiva.
[108] O ideal serão as rubricasque compreendam entre 50 a 80 medicamentos. Aquelas que possuam mais ou menosmedicamentos servirão como orientadoras da repertorização.
[109] Como veremos adiante, aspatologias agudas facilmente vicariam progressivamente tornando-se crónicas.Cremos que na coexistência de um quadro com queixas de carácter agudo e crónico,se deve dar primazia à cura dos sintomas agudos, já que, o que importa é o bemestar imediato do doente. De qualquer modo, a cura a longo prazo não deve serignorada, e a acção medicamentosa escolhida pelo homeopata dirigida igualmentepara a supressão da enfermidade crónica. [110] Os medicamentos resultantesda repertorização podem ser traduzidos quer por cobertura quer porpontuação. Cobertura significa que determinado medicamento engloba um númeroespecífico de sintomas que o homeopata repertorizou o número de sintomascobertos pelo medicamento determinam a sua importância . Pontuação refereos pontos acumulados pelo medicamento, atendendo ao Grau de pontuação(conceito já esclarecido anteriormente) que este possui face a determinadosintoma repertorizado v.g. Boca, Calor Belladona (Grau I) / Aconitum(Grau II) / Mercurius Solubilis (Grau III) . Quantos maispontos forem atribuíveis ao medicamento, mais importante ele será.
[111] Considera-se como SintomaDirector aquele que é o principal de um caso e que limita a pesquisarepertorial dos restantes sintomas aos medicamentos que o englobam nas suaspatogenesias.
[112] Referimos ainda a constituição do SintomaDirector através de dois outros métodos para além daquele em que se emprega osintoma simples. O primeiro, refere-se à elaboração do Sintoma Directormediante a soma de dois ou três sintomas marcantes do caso ... como nocaso de rubricas afins importantes e que possuam poucos medicamentos . Nosegundo método, já não são sintomas que se somam, mas sim rubricas marcantes eindubitáveis que se cruzam, geralmente duas ou três. Estas possuem um númerorazoável de medicamentos (mais de 50) e são: ... todas igualmente importantes,indispensáveis, sem relação directa de afinidade e que seriam utilizadas emalgum momento da repertorização. (Ariovaldo Ribeiro Filho, Conhecendo oRepertório Praticando a Repertorização, Editora Organon, páginas 165 a167). [113] Ver Conhecendo o Repertório Praticando a Repertorização de Ariovaldo Ribeiro Filho, página 157.[114] Há ainda que contar com aprática clínica e com a intoxicação voluntária ou involuntária.
[115] 108 do Organon.
[116] 141 do Organon.
[117] 107 do Organon.
[118] 128 do Organon.
[119] Alimentos nutritivos esimples como: ervilhas frescas, vagens, cenouras. Abstenção de saladas, raízes,sopas de vegetais, bebidas alcoólicas, café, chá entre outros ( 126 doOrganon).
[120] Evitando os conflitospsicológicos, a exaustão física e mental ( 126 do Organon).
[121] 130 do Organon.
[122] 116 do Organon.
[123] 117 do Organon: Istosignifica que a pessoa apresenta uma constituição física especial, queconquanto sadia, possui uma disposição de ser levada a uma condição patológicamaior ou menor por certas coisas que parecem não produzir qualquer impressão oualteração na maioria dos indivíduos. Essa influência parece actuar apenas empequeno número de constituições sadias; tais agentes, no entanto, deixam a suaimpressão em todo o organismo sadio. Isto pode ser demonstrado quando eles sãoutilizados como remédios homeopáticos, visto serem eficientes em todos osdoentes com sintomas semelhantes aos que eles parecem produzir apenas noschamados indivíduos idiossincrásicos.
[124] Não queremos com isto dizerque se deve decorar ou memorizar a Matéria Médica. Deve-se saber manuseá-la eentender a sua estrutura. A memorização resulta e surge com os anos de práticaclínica.
[125] Ex: Matéria Médica Purade Hahnemann.
[126] Ex: The Encyclopaedia of Pure Materia Medica Allen.
[127] Ex: Dictionary of Practical Materia Medica J.H. Clarke. A matéria médica de Clarkesintetizou os conhecimentos patogenésicos de Allen, os clínicos e toxicológicosde Hering, bem como os conhecimentos adquiridos pelo autor durante décadas deexercício clínico.
[128] É inegável que existemmedicamentos cuja amplitude de acção é enorme.
[129] Preâmbulo da Matéria MédicaPura.
[130] Aquele em que somente umaparte dos sintomas da doença sob tratamento é encontrada na descrição dapatogenesia, mas que se afigura como o mais adequado entre todos os que seencontram em apreciação diferencial ( 162 do Organon).
[131] Denominam-se sintomasacessórios do remédio não totalmente adequado ( 163 do Organon).
[132] É sempre necessário fazerum esforço no sentido de se encontrar o medicamento que produza artificialmenteos sintomas ou a doença e que imite com a maior perfeição possível os dodoente.
[133] Hahnemann, não defendia autilização simultânea de medicamentos ( 273 do Organon) e embora preconizassea utilização alternada de substâncias não o fazia em número excessivo. Infelizmente,faz-se utilização abusiva da quantidade de medicamentos que se ministram a umpaciente na tentativa de curar as suas enfermidades. Crê-se que o empregoconcomitante de um grande número de medicamentos, aparentemente complementares,pode solucionar o quadro patológico com maior rapidez. Frequentemente, o quesucede é que pela adopção desta postura, de pseudoceleridade, o homeopataincorre na inconsequência de empregar medicamentos antagónicos ou de nãoconseguir controlar a acção que cada um exerce no organismo do paciente. Deixade saber quais os medicamentos que produzem sintomatologia acessória e ocontrolo da evolução da cura pode ser comprometida. Resta ainda o risco daiatrogenia. ( vide a esterespeito o 274 do Organon ).
[134] Regra do tripé.
[135] Sintomas não previamenteobserváveis na doença que podem ser moderados, sempre que a dose do medicamentoseja suficientemente diminuta ( 163 do Organon) ou graves, impondo nestaúltima circunstância a reapreciação do caso ( 167-168 do Organon).
[136] Acrescentando-se aossintomas originais os recentemente surgidos.
[137] 170 do Organon. 169 do Organon Na primeira avaliação de uma doença, verificamos por vezesque a totalidade dos sintomas não pode ser coberta eficientemente peloselementos de doença de um medicamento só, mas que dois medicamentos podemcompletar-se e adequarem-se. Quando isso acontece e o mais adequado dosmedicamentos for usado em primeiro lugar, não é prudente passar para o segundosem reavaliar o paciente. O medicamento que fora considerado segunda opçãopoderá não ser adequado aos sintomas que restam após o uso do primeiro. Umoutro remédio adequado deverá ser seleccionado para combater esse novo conjuntode sintomas observados no novo exame.
[138] Se a doença se inicia comuma cefaleia, seguida por náuseas e vômitos e por fim febre, será este últimosintoma o primeiro a desaparecer, depois as náuseas e vômitos e por fim, acefaleia.
[139] Se durante o tratamento ossintomas físicos desaparecem, prevalecendo um estado mental alterado, haveráque desconfiar da escolha do medicamento e reavaliar o caso clínico.[140] As atenuações dassubstâncias sólidas, praticamente insolúveis, são obtidas por trituração,passando-se à forma líquida a partir da quarta concentração, sendo a partir daírealizadas as operações segundo os princípios das diluições hahnemanianas.
[141] Inexistindo uma matériamédica que contenha as patogenesias de todos eles.
[142] São as centesimais queutilizamos na nossa prática clínica.
[143] Estas doses únicas deglóbulos podem ser substituídas pela ingestão de 12 grânulos.
[144] A forma líquida permite umpequeno acréscimo de dinamização a cada toma.
[145] Têm-se empreendido váriosestudos sobre a constituição e acção da medicação homeopática, mas a comunidadecientífica internacional considera os resultados destes estudos inconclusivos eprecários.
[146] 155 do Organon. Escreveuainda ( 29 do Organon): Uma doença artificial semelhante e mais forte é postaem contacto e ocupa o lugar da natural, semelhante e mais fraca. A força vitalé então compelida instintivamente a dirigir grande quantidade de energia contraessa doença artificial. Devido à duração mais curta da acção do agentemedicinal que agora afecta o organismo, a força vital logo sobrepuja a doençaartificial. Como na situação inicial o organismo já fora aliviado da doençanatural, ele é finalmente libertado da artificial medicamentosa e pode entãoprosseguir de maneira sadia.
[147] Mesmo o vegetal.[148] 278 e 279 do Organon.
[149] Os unicistas usam em regraas altas diluições.
[150] 277 do Organon.
[151] 246 do Organon.
[152] 247 do Organon. Aalteração das doses ou da potência nas tomas sucessivas em casos crónicos éfundamental. Explicamos agora, que a cada dose ingerida, o medicamentohomeopático vai-se deparar com a força vital, não no seu estado original, massim alterada pela acção da dose anterior. Deste modo, uma dose do medicamentodinamicamente similar à anterior, não produzirá efeitos terapêuticos porque aforça vital se encontra expectante face a nova potência ou dose. O quadro dopaciente poder-se-á deste modo manter ou até mesmo agravar.
[153] Frisamos que esta é a nossaperspectiva e a dos unicistas puros. Caso o leitor enverede por uma doutrinapluralista este conceito susceptibiliza-se de adaptações interpretativas.
[154] Nasaltas diluições o espaçamento entre a administração das doses deve seraumentado.
[155] Na doença aguda podempreferir-se as baixas diluições ministradas a pequenos intervalos, inversamenteproporcionais à intensidade dos sintomas ex: de 24 em 24 horas; em hora; em de hora e até de 5 em 5minutos , espaçando-se as doses em função das melhoras.
[156] O efeito dos medicamentoshomeopáticos no tempo, depende do próprio medicamento, do paciente e dadiluição. Pode dizer-se, grosso modo, que em média as doses baixas até 5CH têm um efeito de cerca de 4 horas, as médias 5 CH e 9 CH de1 dia, e as altas superiores a 9 CH de uma semana ou mais.
[157] Só se repetirá a dose casoos sintomas melhorem ou se mantenham inalteráveis. Caso surjam sintomas acessóriosou o quadro clínico agrave dever-se-á proceder à reavaliação da prescrição.
[158] Deve também estar atento aofacto de que a repetição continuada de uma substância pode gerar uma doençamedicamentosa grave iatrogénica , cuja única possibilidade de cura ouminimização sintomática é o recurso a substâncias antídotas.
[159] Existem ainda as pomadas eos unguentos, estes de fabrico mais recente do que as outras formasmedicamentosas.
[160] É de referir que estaposologia é meramente indicativa e depende de todos os factores acimamencionados, mas a excepção depende da regra e esta é determinada pela formaposológica que mencionamos.
[161] Todos estes valoresveiculados pela escola pluralista são meramente indicativos.[162] 157 do Organon Ummedicamento homeopático causa geralmente discreta piora imediatamente após suaingestão e que dura de uma a algumas horas. Esta acção do remédio é tãosemelhante à doença original que parece que o paciente piorou da sua própriadoença. Quando a dose for excessiva, o agravamento poderá durar um númeroconsiderável de horas. O agravamento nada mais é do que uma doença medicinalexternamente semelhante e que excede em potência a afecção original.
[163] 156 do Organon.
[164] Que se graves e muitoincomodativos terão de ser antidotados.
[165] 158 do Organon. É dereferir que qualquer agravamento deve ser acompanhado de uma sensação de bemestar geral demonstrada pelo enfermo. Salienta-se que independentemente daagravação experimentada, o quadro mentaldo paciente deve ser positivo e indicador de melhoras.
[166] 23 do Organon.
[167] 159 do Organon.
[168] 161 do Organon.
[169] 161 do Organon (...) Quando se empregam no combate a uma enfermidade de longa duração, remédios deacção duradoura, não deve surgir tal piora caso o medicamento cuidadosamenteescolhido for dado na dose adequada. Em tais circunstâncias qualqueragravamento só surgirá no final do tratamento quando a cura já estiver quaseque completamente terminada. [170] Ver infra a terceira parte.
[171] Se um medicamento deixar defazer efeito, devemos procurar o que lhe sucede com êxito. No Dictionary ofPractical Matéria Medica de John Henry Clarke, encontramos na maior parte dassubstâncias descritas um item denominado Relations Relações Clínicas, donde constam nomeadamente:
Comparaçãoentre medicamentos.Antídotos.Remédiosaos quais a substância segue bem.Remédiosque seguem bem à substância.Similaresou compatíveis.Incompatíveis.

[172] Ver cuidados especiais deprescrição, na terceira parte deste livro.



José Maria Alveshttp://www.homeoesp.org/livros_online.htmlhttp://www.josemariaalves.blogspot.pt/




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